MXRF11, XPLG11 e mais: emissões seguem movimentando a semana dos FIIs

MXRF11, XPLG11 e mais: emissões seguem movimentando a semana dos FIIs
FIIs. Foto:Pixabay.

A primeira semana de outubro foi marcada por uma sequência de anúncios relevantes no mercado de fundos imobiliários (FIIs), com destaque para novas emissões bilionárias e operações de aquisição e fusão que devem alterar o panorama de vários segmentos. O MXRF11 e XPLG11 estão entre os fundos que mais chamaram atenção, enquanto o GGRC11 confirmou uma nova compra estratégica por meio de “troca de cotas”.

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O MXRF11, fundo com a maior base de cotistas da B3, anunciou sua 11ª emissão de cotas, com o objetivo de captar R$ 1 bilhão, podendo chegar a R$ 1,25 bilhão caso haja demanda pelo lote adicional de 25%.

O preço por cota foi definido em R$ 9,64, composto por R$ 9,50 de valor patrimonial e R$ 0,14 de custos de distribuição. A operação é voltada a investidores profissionais e tem captação mínima de R$ 10 milhões.

Na mesma linha, o fundo logístico XPLG11, da XP Asset, deu início à sua 8ª emissão de cotas, que pode movimentar até R$ 1,32 bilhão. O preço unitário foi definido em R$ 106,46, considerando o valor patrimonial e as taxas de subscrição. Caso a captação atinja o teto previsto, o patrimônio do fundo pode crescer em até 40%, atingindo cerca de R$ 4,6 bilhões.

Entre as aquisições, o GGRC11 confirmou a compra de um imóvel logístico em Quatro Barras (PR), locado à Renault do Brasil, em uma transação avaliada em R$ 214 milhões. O ativo pertencia ao VTLT11, e a transação foi firmada por R$ 214 milhões, totalizando R$ 216,99 milhões ao considerar o caixa líquido do vendedor.

Diferentemente das operações tradicionais, o pagamento será feito por meio da entrega de cotas da 11ª emissão do GGRC11, em vez de dinheiro. A operação aguarda a conclusão de etapas documentais e marca mais uma expansão do portfólio logístico do fundo.

FIIs: veja os principais destaques da semana

MXRF11 anuncia emissão de cotas; objetivo é captar até R$ 1,25 bilhão

O fundo imobiliário MXRF11, dono da maior base de cotistas do mercado brasileiro, anunciou a realização de sua 11ª emissão de cotas. A intenção é captar R$ 1 bilhão, valor que pode chegar a R$ 1,25 bilhão no caso de interesse de investidores por um montante adicional.

O valor da oferta foi estabelecido em R$ 9,64, sendo R$ 9,50 como valor de cota, equivalente ao valor patrimonial do FII, atualizado em 29 de agosto, e mais R$ 0,14 como custo de distribuição. A oferta, segundo a XP Asset, gestora do MXRF, será voltada para investidores profissionais, e precisa captar no mínimo R$ 10 milhões para ser validada.

HSML11 registra salto de 77% no lucro mensal

O fundo de shopping centers HSML11 apresentou lucro de R$ 19,46 milhões em setembro, alta de 77,39% em relação a agosto. O desempenho foi impulsionado pela venda de 30% do Shopping Pátio Maceió, operação que gerou lucro de R$ 9,1 milhões (R$ 0,43 por cota).

O fundo distribuiu R$ 0,68 por cota em dividendos no período e mantém bom ritmo de recuperação das receitas operacionais.

IRDM11 e IRIM11 aprovam fusão

Os cotistas do IRDM11 e do IRIM11 aprovaram em assembleias a incorporação entre os fundos, ambos geridos pela Iridium Asset.

A reorganização prevê que o IRIM11 emita novas cotas a partir do valor patrimonial vigente na data do anúncio — atualmente de R$ 85,78 —, com captação máxima de R$ 3,5 bilhões. O objetivo é unificar as estratégias e otimizar a gestão dos ativos de crédito.

KNSC11 eleva dividendos após lucro acima de R$ 20 milhões

O KNSC11 registrou lucro líquido de R$ 20,4 milhões em setembro, alta de 14% sobre o mês anterior. O fundo distribuirá R$ 0,10 por cota em 13 de outubro, o que representa yield de 1,09% sobre o preço médio de R$ 9,19 — equivalente a 105% do CDI ajustado pelo gross-up.

As receitas com CRIs somaram R$ 21,8 milhões, enquanto as despesas operacionais ficaram próximas de R$ 2 milhões.

RBVA11 vende dois imóveis locados à Caixa Econômica

O RBVA11 anunciou a venda de dois imóveis ocupados pela Caixa Econômica Federal, localizados em São Paulo (Barra Funda) e São Gonçalo (RJ).

As operações somam R$ 13,5 milhões, com ganho de 76% sobre o custo de aquisição e TIR entre 15,2% e 21,2% ao ano.

O fundo recebeu R$ 6,4 milhões à vista, e o restante será pago em parcelas mensais corrigidas pelo IPCA, compondo o fluxo de dividendos dos próximos meses.

RECR11 reduz proventos ao menor nível em 12 meses

O fundo de CRIs RECR11 anunciou a distribuição de R$ 0,7422 por cota, com data-base em 7 de outubro e pagamento em 14 de outubro. O valor representa o menor dividendo dos últimos 12 meses.
Considerando o fechamento de setembro em R$ 80,73, o dividend yield mensal é de 0,92%, refletindo a cautela da gestão diante de ajustes recentes na carteira de crédito.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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