BTLG11, GGRC11 e RPRI11 são destaques do Bom Dia FIIs (6/8)
BTLG11 e RPRI11 divulgaram relatórios detalhados; GGRC11 anunciou conclusão de compra de imóvel, com pagamento de parcela final.
Os fundos imobiliários BTLG11, GARE11, RPRI11 e IRDM11 estão entre os destaques desta quarta-feira (6), após o terceiro pregão consecutivo de queda para o mercado.BTLG11, GGRC11 e RPRI11 são destaques do Bom Dia FIIs (6/8)
O IFIX fechou o pregão desta terça-feira (5) em 3.408,76 pontos, queda de 0,31% em relação à véspera. É o terceiro recuo seguido, o sexto nos últimos sete pregões e o resultado mais baixo desde 12 de junho, quando o índice fechou 3.391,47 pontos — última vez em que ficou abaixo de 3.400 pontos.
O pregão até começou com oscilação positiva: o IFIX atingiu a máxima por volta das 10h30 e depois recuou levemente, só caindo em patamar negativo no começo da tarde. Com um novo recuo após as 14h30, o mercado de FIIs manteve o ritmo de queda até o fim da sessão, com fechamento pouco acima da mínima.
Analistas apontam que o mercado de FIIs segue sob a pressão indireta da entrada em vigor, hoje, da tarifa de importação de 50% aplicada pelos EUA ao Brasil. Embora o governo norte-americano tenha listado quase 700 exceções, ainda há dúvidas a respeito do impacto aos setores que serão efetivamente afetados e quanto o cenário macroeconômico brasileiro poderá ser afetado.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
Cotistas do IRDM11 aprovam oferta, primeiro passo de processo de incorporação
O fundo imobiliário IRDM11 obteve o aval de seus investidores, por meio de assembleia geral extraordinária (AGE), para a realização da 13ª emissão de cotas do fundo, que tem a intenção de captar até R$ 120 milhões. Os recursos serão usados na aquisição de cotas de um FII monoativo que detém um imóvel corporativo considerado estratégico, em São Paulo.
A medida faz parte do processo de incorporação do fundo pelo IRIM11, FII multiestratégia da mesma gestora, a Iridium. Para esse processo avançar, porém, os cotistas de ambos os fundos imobiliários terão de aprovar a proposta, em novas AGEs que ainda não têm data prevista.
A próxima etapa do processo, no entanto, será a formalização da oferta pelo IRDM11. O preço unitário deve ficar próximo ao atual valor patrimonial do FII, hoje em R$ 82,84 por cota, e a proposta prevê a possibilidade de entrega de novas cotas como parte do pagamento ao vendedor.
GGRC11 conclui aquisição de imóvel industrial em Camaçari (BA)
O fundo imobiliário GGRC11 realizou o pagamento da última parcela referente à aquisição do imóvel industrial da Mills, localizado em Camaçari, na Bahia. A transação foi finalizada com o desembolso de R$ 1,56 milhão, já com os devidos ajustes, e marca a formalização definitiva da compra por meio da lavratura da escritura.
A operação faz parte de um compromisso firmado em novembro de 2024, quando o fundo anunciou a aquisição do ativo junto ao BTLG11. De acordo com a Zagros Capital, gestora do GGRC11, o imóvel é parte da estratégia de diversificação regional e setorial do portfólio, que segue focado em ativos reais com contratos de longo prazo.
Além da conclusão do negócio, o fundo imobiliário GGRC11 fará a distribuição de dividendos de R$ 0,10 por cota nesta sexta-feira (8). O dividend yield da distribuição, considerando a cotação de R$ 9,74 em 31 de julho, data de corte do pagamento, é de 1,03%.
RPRI11 investe no CRI Windsock; retorno projetado é de IPCA + 11,90% ao ano
O fundo imobiliário RPRI11 ampliou sua carteira com um novo investimento de R$ 15 milhões no CRI Windsock, voltado ao desenvolvimento de galpões logísticos “last mile” no aeroporto de Fortaleza — um projeto com localização estratégica no centro urbano, onde a oferta de imóveis do tipo é limitada e a vacância é baixa.
O ativo tem remuneração prevista de IPCA + 11,90% ao ano e conta com garantias estruturais robustas, como cessão fiduciária de contratos futuros de locação e LTV de 60%. Assim, o FII fechou o mês com 24 operações ativas, todas adimplentes, sendo 95% ancoradas pela RBR Asset — ou seja, operações estruturadas, originadas e/ou investidas com participação majoritária da própria gestora.
O lucro do FII em junho foi de R$ 3,3 milhões. Na distribuição de resultados, o fundo entregou R$ 1,10 por cota, o que equivale a um dividend yield anualizado de 16,10%, ou uma rentabilidade ajustada de IPCA + 10,56% ao ano. O desempenho reflete diretamente o comportamento do índice inflacionário, com defasagem de dois meses — o resultado de junho, por exemplo, foi influenciado pelo IPCA de abril (+0,43%).
BTLG11 amplia lucro e informa aumento em valor patrimonial de imóveis
O fundo imobiliário BTLG11 divulgou seus resultados referentes ao mês de julho de 2025, com um lucro líquido de R$ 31,418 milhões. Este valor supera o obtido em junho, que foi de R$ 29,651 milhões. O FII também reportou um lucro operacional líquido (NOI) de R$ 31,014 milhões e um resultado imobiliário de R$ 35,154 milhões.
Em relação aos dividendos pagos, os cotistas do BTLG11 receberam R$ 0,78 por cota, o que representa um dividend yield anualizado de aproximadamente 9,4% com base no valor de fechamento das cotas em junho. As linhas de receita e despesas permaneceram estáveis na comparação com o mês anterior, indicando consistência na gestão financeira do fundo.
Outra iniciativa relevante foi a renegociação do contrato de aluguel referente a um ativo localizado em Jundiaí. Essa revisão contratual resultou em um reajuste de 31% no valor do aluguel, impactando positivamente o potencial de valorização do patrimônio. Cerca de 80% da Área Bruta Locável (ABL) do imóvel já passou por revisão, com ganhos médios de 20% na reavaliação patrimonial.
