XPML11, OUJP11, RBRX11 e AZIN11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (14/7)
XPML11, OUJP11, RBRX11 e AZIN11 divulgaram relatórios detalhados de atividades; confira movimentações e novidades sobre os fundos.


Os fundos imobiliários XPML11, RBRX11 e OUJP11, o Fiagro SNFZ11 e o FIP-IE AZIN11 estão entre os destaques desta segunda-feira (14), abertura de uma semana em que o mercado de FIIs tenta consolidar sua reação iniciada na sexta-feira (11), após quatro dias seguidos de queda.

No décimo dia útil do mês, a principal expectativa é pelo pagamento de dividendos por mais de uma centena de fundos imobiliários, entre eles o MXRF11, que vai distribuir mais de R$ 43 milhões a seus 1,3 milhão de investidores. A projeção é que parte desse dinheiro volte para o mercado de FIIs, contribuindo para o aquecimento do mercado após uma semana complicada.
O IFIX fechou na sexta em 3.483,22 pontos, alta de 0,24% em relação ao resultado da véspera, depois de operar de forma positiva durante todo o pregão e fechar perto da máxima do dia.
O resultado reduziu parcialmente o prejuízo da semana para o índice de FIIs, que terminou com queda de 0,35% em meio à pressão do mercado após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de uma tarifa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros, anunciada na tarde do dia 9, com previsão de início para 1º de agosto.
A semana deve ser marcada também por atitudes dos dois governos em busca de negociações, e pelo consequente realinhamento do mercado diante de sinais de sucesso ou fracasso em busca de um acordo. Para o mercado de FIIs, a projeção é que o impacto das tarifas será principalmente indireto, diante dos riscos de aumento da inflação e redução da atividade econômica.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários.
OUJP11 lucra R$ 3,17 milhões e entrega retorno de 1,30% no mês
O fundo imobiliário OUJP11 divulgou seus resultados referentes a junho de 2025, com lucro de R$ 3,17 milhões no período. O fundo anunciou distribuição de rendimentos de R$ 1,34 por cota, com pagamento agendado para esta segunda-feira (14). Já o resultado gerado no mês foi de R$ 0,98 por cota, e o saldo de resultado retido alcançou R$ 0,67 por cota ao fim do período.
O retorno total em junho do OUJP11, que tem gestão da Fator e da JPP Capital, de 1,30%, superando o CDI do período (+1,10%) e o IMA-B 5 (0,45%). No acumulado de 12 meses, o fundo entrega um retorno de 15,07%, também acima do CDI líquido de IR (10,32%) e do IMA-B 5 (8,96%).
Ao final de junho, 89% da carteira estava alocada em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e 0,6% em cotas de FIIs. O restante permanecia em instrumentos de caixa. A carteira de CRIs está majoritariamente indexada ao IPCA (67%), seguida pelo CDI (32%) e IGP-M (1%).
AZIN11 tem retorno de 129% do CDI e estuda aumentar dividendos
O fundo de investimento em participações de infraestrutura AZIN11 registrou em junho um retorno de 129% do CDI, reforçando seu desempenho consistente no mercado. Desde a listagem, o retorno acumulado já soma 188% do CDI, enquanto o total return — que considera a valorização da cota ajustada pelos dividendos — alcança 145% do indicador de referência.
Conforme antecipado no relatório anterior, a gestão manteve a distribuição mensal em R$ 1,50 por cota, apoiada no bom desempenho patrimonial e nos resultados acumulados. Para os próximos meses, o time de gestão da AZ Quest avalia a possibilidade de elevar o guidance ou realizar distribuições extraordinárias, com o objetivo de aproximar a cota patrimonial do último follow-on, fixada em R$ 97,25.
Nos últimos meses, a gestão do AZIN11 realizou dois novos investimentos: um empréstimo-ponte (bridge loan) à usina UFV Planura, em transição até um financiamento de longo prazo com a Kinea, e uma alocação tática no mercado secundário na empresa Triple Play.
SNFZ11 supera recorde de liquidez diária entre Fiagros após anúncios históricos
O SNFZ11, Fiagro da Suno Asset com foco em valorização patrimonial por meio do investimento em fazendas, fechou na sexta-feira (11) cotado a R$ 10,20, sua máxima histórica para um encerramento de semana, uma dia depois de uma série de marcos históricos. que consolidam sua posição como referência para o mercado.
Na quinta-feira (10), o fundo movimentou em um único pregão mais de R$ 20 milhões em volume de negociação, a maior liquidez diária registrada por um Fiagro desde o início do ano. O desempenho veio na esteira de outros anúncios importantes feitos nesta semana: a aquisição de mais duas fazendas estratégicas para o portfólio do SNFZ11 e os dividendos de R$ 0,10 por cota, recorde desde a listagem.
O pagamento será feito no dia 25 a todos os que estiverem posicionados nas cotas do fundo no fim do pregão desta terça-feira, dia 15, Data Com anunciada pela gestora. O valor é 53,8% maior do que os proventos anteriores, de R$ 0,065 por cota, e o guidance deve se manter pelos próximos meses, já que o valor é proporcional à receita recorrente do fundo com a aquisição dos novos imóveis, realizada com prazo de pagamento de 10 anos.
RBRX11 amplia investimento em novos ativos com taxa de IPCA + 11,90%
O fundo imobiliário RBRX11 ampliou sua exposição ao crédito estruturado com aportes relevantes em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) ao longo de junho e início de julho. Os movimentos ocorreram em meio a um ambiente mais favorável no mercado de fundos imobiliários, impulsionado pela sinalização do Copom de uma possível interrupção no ciclo de alta da Selic.
Neste contexto, no mês passado, a gestão alocou R$ 10 milhões no CRI Windsock, atrelado a um projeto de galpões logísticos Last Mile no aeroporto de Fortaleza. A operação oferece retorno de IPCA + 11,90% ao ano e conta com garantias robustas, incluindo alienação fiduciária, cessão de recebíveis e LTV de 60%.
Já em julho, o fundo investiu mais R$ 12 milhões em CRIs de operações HG, com taxa média de IPCA + 9,6% ao ano. A estratégia da gestão tem priorizado alocações em operações mezanino — modalidade de financiamento que oferece retorno preferencial em projetos de desenvolvimento.
XPML11 amplia lucro, mas busca R$ 305 milhões até dezembro
O fundo imobiliário XPML11 registrou um lucro de R$ 58,363 milhões em maio, o que representa um crescimento de 46,28% em comparação ao resultado de R$ 39,9 milhões anotado no mês anterior. Este avanço reflete um cenário positivo para o segmento de shopping centers, que, impulsionado por fatores sazonais e eventos de consumo, consegue reduzir o impacto das seguidas altas de juros.
Em seu relatório gerencial, a XP Asset, gestora do XPML11 reiterou a necessidade de captar R$ 305 milhões até o fim do ano para cumprir as obrigações devidas por causa de uma série de aquisições. Uma delas é a do portfólio da SYN, cuja terceira parcela, de R$ 630 milhões, tem vencimento em dezembro.
O valor leva em conta o cronograma de receitas e despesas previstas pelo fundo para os próximos meses. O XPML11 aponta três possibilidades para essa captação extraordinária: a venda de ativos, a emissão de um CRI e uma oferta para a emissão de novas cotas.
Essa última hipótese, porém, se mostra pouco provável diante do atual cenário do mercado de FIIs, em que o XPML11 vem sendo negociado com desconto em relação ao valor patrimonial.