XPML11, SNEL11, BBIG11 e IRDM11 são destaques do Bom Dia FIIs (21/7)
XPML11 anuncia dividendos; SNEL11 informa novos acordos em usinas; BBIG11 informa movimentação mensal, com destaques do portfólio.


Os fundos imobiliários XPML11, SNEL11, BBIG11 e IRDM11 estão entre os destaques desta segunda-feira (21), dia em que o mercado tenta reagir após uma semana de queda na cotação do IFIX e muita tensão em relação aos impactos da tarifa de 50% para a importação de produtos brasileiros que os EUA prometem aplicar a partir de 1º de agosto.

Na sexta-feira (18), o IFIX caiu 0,29% e fechou em 3.465,01 pontos, terminando a semana com um recuo acumulado de 0,52% — no mês de julho, de 0,54%. A tensão cresceu diante do temor de uma reação do presidente norte-americano, Donald Trump, às medidas restritivas impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
No fim de semana, porém, Trump não se manifestou sobre o assunto. Na sexta, ele voltou a atacar os Brics e falar de uma tarifa adicional de 10% aos países que formam o grupo — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — e eventuais aliados no caso de “estimulo a movimentações globais contra o dólar”.
Para o mercado de FIIs, sem impacto direto das tarifas, o maior risco é uma possível fuga dos capitais em busca de ativos de renda fixa, considerados mais seguros em momentos de incerteza. Além disso, um risco de alta da inflação pode obrigar o Banco Central a repensar o fim do ciclo de alta da Selic, previsto após a reunião do Copom de junho.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários.
SNEL11 acerta novos contratos para locação de usinas fotovoltaicas em PE e MG
O SNEL11, fundo imobiliário da Suno Asset com foco em geração de energia renovável, concluiu um processo de realocação contratual em duas unidades de geração da UFV Petrolina, em Pernambuco, por meio de um distrato parcial com a empresa Lemon Energia, que até então era locatária das quatro unidades que formam a usina.
Elá continuará ocupando as unidades 1 a 3, enquanto as unidades 2 e 4 agora serão ocupadas pelo Consórcio Geração Solar 1, tendo como interveniente e fiadora a Setta Energia Investimentos Ltda.
Os novos contratos foram celebrados sob a modalidade “Take or Pay”, com vigência de 10 anos e previsão de carência inicial de 4 meses, concedida com o objetivo de viabilizar o início das operações por parte da locatária, segundo a Suno Asset.
O fundo também rescindiu contrato com o Consórcio Energia Livre para ocupação da UFV Itabira, a pedido da locatária. Foram concedidos descontos pontuais nas faturas referentes aos meses de março e abril de 2025, com previsão expressa de reembolso integral no âmbito do distrato. A usina passará a ser locada para o Consórcio Omega GD 6, gerido pela Serena Geração S.A., e o contrato terá vigência inicial de cinco anos, renovável por igual período, na modalidade de energia compensada.
BBIG11 tem lucro acima de R$ 11 milhões e dividendos superam 116% do CDI
O fundo imobiliário BBIG11 manteve sua trajetória consistente em junho de 2025, com distribuição de R$ 0,08 por cota, o que representa um dividend yield (DY) de 1,08% no mês. O retorno do mês equivale a 116,18% do CDI bruto (com gross-up de IR a 15%).
O resultado líquido foi de R$ 11,96 milhões, gerado pelo bom desempenho operacional dos shoppings que compõem a carteira. Segundo a BB Asset, gestora do fundo, a decisão de manter o nível de distribuição veio acompanhada da formação de uma reserva estratégica, com o objetivo de sustentar a consistência dos rendimentos nos próximos meses.
Em termos operacionais, o fundo imobiliário registra margens NOI (lucro operacional líquido) acima de 90% e vacância inferior a 5% nos ativos. Neste contexto, os shoppings da carteira do FII geraram R$ 6,6 milhões em receitas imobiliárias com base nas vendas de maio, além de R$ 553 mil em juros provenientes de aplicações em títulos públicos via operações compromissadas.
IRDM11 despenca após proposta de fusão; FII espera aval de cotistas para iniciar processo
O fundo imobiliário IRDM11 entrou em queda livre após anunciar ao mercado uma proposta de fusão com o IRIM11, outro FII da mesma gestora, a Iridium. Depois de fechar com a maior baixa da quinta-feira (17), de 3,23%, o fundo caiu mais 3,45% na sexta e fechou em R$ 62,13, sua cotação mais baixa desde 20 de fevereiro. Na comparação com a virada do mês, as perdas chegaram perto de 10%.
O processo depende de aprovação dos cotistas e deve durar pelo menos até novembro. A primeira começou nesta semana, com a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) em que a gestão do IRDM11 pede autorização para realizar a 13ª emissão de cotas, com a intenção de captar até R$ 120 milhões de reais. Os recursos serão usados na aquisição de cotas de um FII monoativo que detém um imóvel considerado estratégico.
A intenção com a fusão entre os dois FIIs, segundo a empresa, é criar uma carteira sólida dentro do segmento multiestratégia, com maior flexibilidade para movimentar os investimentos. Com esse mandato, o IRIM11 pode deter a posse combinada de imóveis, CRIs, cotas de outros FIIs e ações de empresas ligadas ao setor imobiliário.
XPML11 mantém dividendos de R$ 0,92 por cota, com pagamento no dia 25
O fundo imobiliário XPML11 manterá, pelo 14º mês seguido, a distribuição de R$ 0,92 por cota em dividendos, conforme divulgado na última sexta-feira (18). O pagamento será na próxima sexta-feira, 25 de julho. Com base na cotação de fechamento de junho, de R$ 104,15, o valor representa um dividend yield mensal de 0,883%.
Esses proventos se referem aos resultados de junho, ainda não divulgados pela XP Asset, gestora do FII. No último relatório gerencial, o XPML11 registrou uma receita total de R$ 67,475 milhões em maio, sendo R$ 62,296 milhões referentes às receitas provenientes dos ativos imobiliários sob sua gestão.
O XPML11 manteve em maio o pagamento de dividendos em R$ 0,92 por cota, totalizando uma distribuição de R$ 52,183 milhões aos cotistas. Além disso, o fundo encerrou o mês com um resultado acumulado ainda não distribuído de R$ 0,93 por cota.