GGRC11, GAME11 e VRTA11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (24/10)

GGRC11, GAME11 e VRTA11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (24/10)
GGRC11 atua no segmento de imóveis logísticos - Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários GGRC11, GAME11 e VRTA11 estão entre os destaques desta sexta-feira (24). Especialistas apostam na distribuição de dividendos por alguns dos maiores FIIs do mercado para recuperar os resultados de uma semana de volatilidade. 

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O XPML11, o BTLG11 e o ALZR11 estão entre os FIIs que fazem seus pagamentos nesta sexta, injetando, juntos, mais de R$ 100 milhões no mercado. Os fundos da Suno Asset também fazem seus pagamentos, com destaque para os aumentos de distribuição do SNFF11, de R$ 0,72 para R$ 1,10 por cota, e SNME11, de R$ 0,11 para R$ 0,15.

O IFIX registrou nesta quinta-feira (23) mais um dia de oscilação nos dois sentidos e fechou o pregão praticamente estável em relação à véspera, aos 3.567,91 pontos, apenas 0,06 ponto abaixo do resultado anterior. Percentualmente, a queda foi de 0,002%..

O índice de FIIs começou o dia em alta, com a máxima registrada logo nos primeiros minutos, mas recuou e entrou em patamar negativo perto das 11h. Depois de uma leve recuperação, o IFIX voltou a cair, bateu na mínima logo após as 15h30 e depois ensaiou leve recuperação, quase voltando ao patamar positivo.

Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:

GGRC11 conclui compra de imóvel no PR; VTLT11 recebe 19,3 milhões de cotas

Os fundos imobiliários GGRC11 e VTLT11 concluíram a negociação de um imóvel logístico localizado em Quatro Barras (PR), que está locado à Renault. O ativo foi vendido ao GGRC11 pelo valor total de R$ 216.999.994,86. O pagamento foi feito por meio da subscrição, pelo VTLT11, de 19.340.463 novas cotas do GGRC11, no âmbito da 10ª oferta de emissão do fundo.

Para essa integralização, o VTLT11 destinou R$ 2.999.992,38 de seu caixa e utilizou o valor de R$ 214.000.002,48, correspondente ao preço da venda do imóvel. O processo segue o cronograma da oferta pública do GGRC11. 

Após a data de liquidação, o fundo imobiliário VTLT11 receberá recibos das cotas subscritas, que inicialmente não poderão ser negociados nem gerar rendimentos. A conversão desses recibos em cotas efetivas ocorrerá somente após o anúncio de encerramento da emissão e a autorização da B3 para início das negociações.

VRTA11 amplia carteira de CRIs e tem lucro de R$ 14,2 milhões

O fundo imobiliário VRTA11 avançou em sua estratégia de alocação em crédito imobiliário ao longo de setembro, com novas aquisições de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) que somaram R$ 9,1 milhões. As operações contribuíram para manter o ritmo de geração de resultados, que totalizaram R$ 14,27 milhões no mês.

Entre as novas posições, o fundo adquiriu R$ 2,1 milhões do CRI Epitácio, com remuneração de CDI + 4,00% ao ano, R$ 2,0 milhões do CRI Summus, atrelado a IPCA + 11,50%, e R$ 5,0 milhões do CRI JRM, remunerado a CDI + 2,50%. Ao mesmo tempo, a gestora realizou ajustes na carteira, com vendas de R$ 8,7 milhões do CRI Dal Pozzo, R$ 5,0 milhões do CRI Lote5 e R$ 5,0 milhões do CRI Solfarma.

O fundo também recebeu o resgate antecipado do CRI Azul, no valor de R$ 15,5 milhões, e a quitação antecipada de R$ 12,9 milhões em operações compromissadas reversas. O VRTA11 encerrou o mês com R$ 46 milhões em caixa, equivalente a 3,5% do patrimônio líquido, montante que será destinado ao pagamento de dividendos e à alocação de novos CRIs que estão em fase final de análise — um pipeline que soma mais de R$ 50 milhões.

GAME11 liquida operação de R$ 12 milhões e realoca recursos

O fundo imobiliário GAME11 manteve em setembro a regularidade de seus resultados e o compromisso com a distribuição mínima de dividendos. Segundo o relatório gerencial, o fundo registrou resultado de R$ 0,09 por cota e anunciou pagamento de R$ 0,095 por cota, apoiado em reservas acumuladas de R$ 0,108 por cota. A gestão reiterou o guidance mínimo de rendimentos mensais em R$ 0,095.

Durante o mês, o fundo concluiu a liquidação antecipada do CRI BRF SSA CCV, operação que liberou aproximadamente R$ 12 milhões, reinvestidos em novos CRIs no mercado secundário. A estratégia segue priorizando ativos táticos e pós-fixados, com o objetivo de equilibrar liquidez e geração de resultado em um ambiente de juros elevados.

Com 73% da carteira indexada ao IPCA, com spread médio de 11,4%, e 27% atrelada ao CDI, com spread de 8,5%, o GAME11 mantém uma posição equilibrada entre proteção inflacionária e rentabilidade de curto prazo. Segundo a gestão, o fundo segue atento a oportunidades de alocação no mercado secundário, buscando ampliar o resultado e preservar a liquidez em meio à alta seletividade do ciclo atual de crédito.

Fundos imobiliários trocam cotas por imóveis: entenda por que isso está acontecendo

A tendência recente de troca de imóveis por cotas de novas emissões foi tema de um dos paineis do FII Experence, o maior evento do Brasil sobre o mercado de fundos imobiliários, realizado nesta semana pela Suno. Gabriel Barbosa, head de Asset Management da TRX, gestora do TRXF11, diz que a ideia vem recebendo um bom aceite do mercado, inclusive do ponto de vista de vendedores interessados em se tornar investidores. “Temos proprietários de imóveis que passaram a procurar a gente para oferecer novos negócios nesse formato”, contou.

Rodrigo Abbud, head de Real Estate do Patria, gestora com mais de 20 FIIs no portfólio, diz que  a necessidade do mercado fez as gestoras buscarem soluções criativas para a dificuldade de captar recursos. “Essas negociações mostram a maturação do mercado, e por isso os FIIs devem se manter criteriosos na seleção dos ativos a serem adquiridos, não dá para sair comprando qualquer coisa”, explicou.

Pedro Van Der Berg, CEO da Zagros Capital, gestora do GGRC11, diz que a empresa enxergou a modalidade de troca de cotas em 2022 buscando uma estratégia de consolidação de fundos, ou seja, de adquirir completamente os ativos de alguns fundos, alguns deles monoativos, com apenas um imóvel no portfólio. “São FIIs que tendem a perder espaço ao longo do tempo, devido à concentração excessiva, e vemos resultados positivos com essas aquisições”, avaliou.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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