TRXF11, VRTA11, RPRI11 e FIIs multiestratégia estão entre destaques do Bom Dia FIIs (26/6)
TRXF11 anunciou negociação, enquanto RPRI11 e VRTA11 divulgaram relatórios. Veja outros destaques do mercado de FIIs.


Os fundos imobiliários TRXF11 e RPRI11 e uma análise do BTG Pactual sobre o cenário dos FIIs multiestratégia estão entre os destaques desta quinta-feira (26), dia seguinte à segunda alta consecutiva do IFIX, que fechou nesta quarta-feira (25) em 3.442,39 pontos, alta de 0,24% em relação à véspera, a segunda consecutiva, em mais um dia de operações positivas durante praticamente todo o pregão.

A exceção de uma breve queda ao longo de 15 minutos, pouco antes das 11h, em que a cotação bateu na mínima do dia. Ao longo da tarde, as negociações ganharam fôlego e o índice de FIIs fechou 1 ponto abaixo da máxima.
O resultado acumulado no mês, porém, ainda é negativo em 0,56%. É importante destacar que a comparação é com a máxima histórica do principal índice do mercado de FIIs, obtida em 30 de maio, em 3.461,93 pontos.
O IFIX tenta emendar o quinto mês de alta, numa série de resultados que começou em fevereiro, revertendo cinco meses consecutivos de queda, entre setembro do ano passado a janeiro deste ano. A última série de cinco meses seguidos de valorização foi entre novembro de 2023 e março de 2024, quando o cenário macroeconômico era de projeção de queda da Selic — praticamente o contrário do atual, em que a taxa básica de juros alcançou sua máxima desde 2006, a 15% ao mês.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
BTG Pactual analisa mercado de FIIs multiestratégia em meio a cenário de Selic alta
O BTG Pactual divulgou um relatório que apresenta suas análises e recomendações para os fundos imobiliários (FIIs) multiestratégia. Também chamados de “hedge funds”, eles receberam esse apelido porque podem adquirir qualquer tipo de ativo ligado ao mercado imobiliário, de imóveis a CRIs e cotas de FIIs, o que os deixa mais preparados para lidar antecipadamente com as mudanças do cenário macroeconômico.
O BTHF11, que possui um patrimônio superior a R$ 2 bilhões, recebeu uma avaliação positiva do BTG, dado que o valor da carteira é superior ao preço de mercado. Sobre o CPTS11, que tem carteira diversificada, os analistas acreditam que a elevada exposição a FIIs pode ter impacto positivo num cenário de queda dos juros.
Com relação ao KNHF11, a análise do BTG também é favorável. O fundo tem uma carteira diversificada e anunciou aquisições recentes. Já o RBRX11 foi considerado promissor por sua estratégia de alocação em CRIs, cotas de FIIs e operações estruturadas. As projeções dos analistas do BTG para o RBRF11 também são favoráveis, enquanto o RVBI11 recebeu uma visão neutra.
VRTA11 lucra R$ 14,6 mi e aporta em CRI atrelado a IPCA + 12%
O fundo imobiliário VRTA11 encerrou o mês de maio com um resultado de R$ 14,64 milhões, impulsionado por novas alocações em crédito e uma gestão ativa do portfólio. A principal movimentação foi a aquisição de R$ 10 milhões do CRI Guestier, que oferece remuneração de IPCA+12% ao ano e vencimento em maio de 2035.
No mês, o fundo também quitou cerca de R$ 5,2 milhões em operações compromissadas reversas e vendeu o CRI Shopping Limeira por aproximadamente R$ 4 milhões. Entre os desafios do mês, o fundo destacou a inadimplência da Indústria de Cerâmica Fragnani Ltda, que deixou de pagar juros e amortizações de seu CRI desde fevereiro.
Apesar do evento pontual, a Fator, gestora do FII, reforça que a maior parte dos CRIs da carteira segue adimplente. A distribuição de rendimentos foi de R$ 0,85 por cota em maio, com um dividend yield de 1,05% no mês — equivalente a cerca de 108% do CDI, considerando o “gross-up” de 15%. O VRTA11 mantém uma reserva de R$ 1,02 por cota, que pode ser usada para reforçar pagamentos futuros de dividendos e cobrir obrigações.
RPRI11 vende CRIs atrelados ao CDI e foca em carteira com IPCA + 11%
O fundo imobiliário RPRI11 registrou em maio um resultado de R$ 4,07 milhões, impulsionado por mudanças estratégicas na composição da carteira de ativos. A principal movimentação do período foi a venda de dois CRIs atrelados ao CDI: o CRI Tarjab Altino CDI e o CRI Pernambuco Aurora, cujas posições somavam R$ 12,48 milhões e R$ 4,87 milhões, respectivamente.
O fundo distribuiu R$ 1,20 por cota como rendimento referente ao mês de maio, o que representa um dividend yield anualizado de 17,65% sobre a cota de mercado, equivalente a uma rentabilidade ajustada de IPCA + 10,52% ao ano.
Ao fim de maio, o RPRI11 contava com 23 operações em carteira, todas adimplentes. Cerca de 95% dessas operações foram ancoradas pela gestora, a RBR Asset, ou seja, originadas, estruturadas ou investidas em mais da metade da emissão. A carteira apresenta sólidas garantias imobiliárias, majoritariamente por meio de alienação fiduciária.
TRXF11 projeta patrimônio de R$ 2,646 bilhões após aquisição de imóvel em Caldas Novas (GO)
O fundo imobiliário TRXF11 anunciou a assinatura do compromisso de compra de um imóvel locado ao grupo Assaí em Caldas Novas (GO), pelo valor total de R$ 47.127.272,00. Trata-se de uma loja “big box”, com área bruta locável (ABL) de 13.986,92 metros quadrados. O cap rate médio estimado da transação é de 8,5% ao ano. O pagamento será feito em três parcelas.
Os dividendos do TRXF11 não devem ser impactados com a nova aquisição. O guidance segue entre R$ 0,90 e R$ 0,93 por cota, com a possibilidade de pagamento extraordinário ao fim de cada semestre, para cumprir a legislação que prevê a distribuição de no mínimo 95% dos lucros em regime caixa.
O contrato de locação é atípico, com vencimento em junho de 2041. A multa rescisória prevê o pagamento antecipado de todos os aluguéis até o fim do acordo. O aluguel tem correção anual pelo IGP-M. Após a conclusão, a gestão do TRXF11 projeta um patrimônio líquido de R$ 2,646 bilhões.