IFIX começa outubro em forte queda; SNFF11 se destaca entre altas


O IFIX fechou o primeiro pregão do mês em queda acentuada, de 0,46%, em 3.572,96, interrompendo uma sequência de três sessões consecutivas com a máxima histórica do índice. O resultado obtido nesta quarta-feira (1), porém, ainda é o quarto maior desde o início da série, em 2010.

A oscilação foi negativa desde o início do pregão, à exceção dos primeiros minutos, com ritmo mais acentuado pela manhã. Para analistas, trata-se de um movimento normal depois de dias muito agitados, com mais de 150 FIIs anunciando valores de dividendos na terça-feira (30).
Outro motivo para a queda foi a redução do apetite ao risco, puxada pela possibilidade de um shutdown, a interrupção de uma série de serviços públicos nos EUA, confirmado após o fechamento dos mercados. Aqui no Brasil, com a incerteza, o Ibovespa fechou em queda, enquanto o dólar subiu.
IFIX — resumo do dia 01/10/2026
- Fechamento: 3.572,96 pontos (-0,46%)
- Mínima: 3.572,71 (-0,47%)
- Máxima: 3.592,59 (+0,09%)
- Acumulado da semana: -0,16%
- Acumulado do mês: -0,46%
- Acumulado do ano: +14,65%
SNFF11 fica entre maiores altas do dia; IFIX começa o mês de outubro em queda
O SNFF11, FOF (fundo de fundos) da Suno Asset, ficou entre as 5 maiores altas do dia no primeiro pregão do mês. O fundo subiu 1,01% e terminou o pregão em R$ 71,31, numa aparente reação positiva do mercado à proposta de incorporação ao SNME11, FII multiestratégia da gestora.
Para aprovar a ideia, o SNFF11 convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para pedir a aprovação dos cotistas. A Suno Asset defende que a união entre os dois FIIs é uma maneira de ampliar a geração de valor aos cotistas por meio de um mandato mais flexível e um regulamento mais moderno.
A principal alta do dia ficou com o SARE11, FII do Santander que está em processo de venda dos ativos ao BTLG11. O fundo, que suspendeu nos últimos meses a distribuição de dividendos, subiu 2,57%, cotado a R$ 4,79.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Na outra ponta, o TRBL11 fechou com a maior queda, de 3,90%, cotado a R$ 63,11. Foi o segundo pregão após o anúncio de que o fundo entrou com ação judicial contra os Correios pedindo uma indenização de mais de R$ 300 milhões pela rescisão unilateral de contrato no imóvel logístico de Contagem (MG).
Um dia depois de anunciar dividendos de R$ 0,10 por cota pelo sexto mês consecutivo, o MXRF11 fechou em queda de 1,34%, a R$ 9,54. Entre os FIIs de maior liquidez, apenas o CPTS11 teve alta, de 0,13%, a R$ 7,65.
A carteira teórica do IFIX é modificada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um fundo imobiliário leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição, com 115 FIIs, vale desde o começo de setembro até o fim do ano.