IFIX bate terceiro recorde seguido; SNFF11 se destaca entre altas
O IFIX renovou a máxima histórica pelo terceiro pregão consecutivo, e fechou nesta segunda-feira (24), em 3.626,28 pontos, alta de 0,02% em relação à marca de sexta-feira (21). No mês, é o sexto recorde registrado, e a valorização acumulada é de 0,91%.

Depois de abrir em alta e alcançar rapidamente a máxima do dia, o índice de FIIs recuou até chegar ao patamar negativo por volta das 11h. Depois, a cotação se recuperou e ficou no azul até as 14h30, quando voltou a descer e se recuperou apenas no final da sessão.
O economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, explica que dois temas externos podem impactar a bolsa nos próximos dias, com possibilidade de efeito no mercado de FIIs: o fim do “tarifaço” imposto pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros e a dúvida sobre a decisão de juros nos EUA.
No caso dos juros, o atraso nos dados oficiais sobre emprego e inflação, devido ao shutdown enfrentado pelo governo norte-americano por um mês e meio, tem levado a dúvidas sobre a continuidade do processo. Dados alternativos apontam que a inflação segue pressionada, acima da meta anual de 2%, e que a atividade econômica está acelerada.
Ao mesmo tempo, o mercado de trabalho se mostrou bastante enfraquecido nos últimos meses.Essa combinação tem levado diretores do Fed a divergir sobre a manutenção da taxa básica dos Fed Funds.
“A próxima reunião deve ser bastante dividida”, diz Sung, em referência ao resultado do encontro que será realizado em 9 e 10 de dezembro. Segundo ele, se a tendência de queda se mantiver, o mercado brasileiro, como outros emergentes, pode se valorizar pelo aumento do fluxo de capital estrangeiro. Isso pode impactar positivamente também os fundos imobiliários.
Quanto ao Brasil, com a manutenção da Selic precificada para a reunião do Copom, no mesmo dia, o especialista ainda espera uma reação mais consolidada do mercado à retirada do “tarifaço” imposto sobre produtos que ainda estavam com tributação elevada, especialmente carne e café. “Isso retoma a competitividade dos produtos brasileiros, mas não deve impactar os players nacionais no curto prazo”, aponta.
IFIX — resumo do dia 24/11/2026
- Fechamento: 3.626,28 pontos (+0,02%)
- Mínima: 3.622,21 (-0,09%)
- Máxima: 3.629,61 (+0,11%)
- Acumulado da semana: +0,02%
- Acumulado do mês: +0,91%
- Acumulado do ano: +16,37%
SNFF11 fica entre maiores altas do dia
O SNFF11, fundo de fundos (FOF) da Suno Asset, ficou entre as principais altas desta segunda: avançou 1,43% e fechou em R$ 72,50 por cota ,na véspera do dia em que pagará dividendos de R$ 1,10 por cota pelo segundo mês consecutivo.
Desde o início do mês, o fundo acumula 3,16% de valorização, considerando o fechamento em R$ 70,28 no fechamento de outubro. Nos próximos dias, a gestão deve dar sequência ao processo de incorporação pelo SNME11, o FII multiestratégia da Suno Asset.
A principal alta do dia foi do VGIP11, que subiu 2,44% e fechou em R$ 77,59. Na outra ponta, o HLSG11 ficou com a maior queda, de 1,96%, negociado a R$ 90,13 no fechamento do dia.
Entre os FIIs de maior liquidez, o GGRC11 fechou em alta de 0,10%, a R$ 9,92..enquanto o MXRF11 caiu 0,21%, a R$ 9,55, enquanto o CPTS11 recuou 0,13%, a R$ 7,43. O XPML11 avançou 0,09%, a R$ 106,00, e o BTLG11 fechou estável, em R$ 104,05 — ambos também pagam dividendos nesta terça.
A carteira teórica do IFIX é modificada a cada quatro meses pela B3. A seleção leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição conta com 112 fundos imobiliários. A próxima mudança será apenas em janeiro, mas na virada do mês a Bolsa apresentará a primeira prévia para a próxima formação, que valerá de janeiro a abril de 2026.