Fundos imobiliários de tijolo lideram altas; IFIX tem segundo dia positivo em seguida
Fundos imobiliários de tijolo tiveram as maiores altas do pregão desta quarta-feira (25) entre os componentes do IFIX.


Dois fundos imobiliários de segmentos de tijolo lideraram as altas no pregão desta quarta-feira (25), dia marcado pela segunda alta consecutiva do IFIX, que tenta reverter o resultado negativo de junho nas últimas sessões do mês.

O índice de FIIs fechou em 3.442,39 pontos, alta de 0,24% em relação à véspera, depois de mais um dia de operações positivas durante praticamente todo o pregão, à exceção de uma breve queda ao longo de 15 minutos, pouco antes das 11h, em que a cotação bateu na mínima do dia.
Ao longo da tarde, as negociações ganharam fôlego e o IFIX fechou 1 ponto abaixo da máxima. O resultado acumulado no mês, porém, ainda é negativo em 0,56%. Vale lembrar que a comparação é com a máxima histórica do mercado, obtida em 30 de maio, em 3.461,93 pontos.
O IFIX vem de quatro meses de resultado positivo, desde fevereiro, sequência que vem sucedendo cinco quedas consecutivas, de setembro do ano passado a janeiro deste ano. A última série de cinco meses seguidos de alta foi entre novembro de 2023 e março de 2024, quando o cenário macroeconômico era de projeção de queda da Selic — praticamente o contrário do atual, em que a taxa básica de juros alcançou sua máxima desde 2006, a 15% ao mês.
IFIX – resumo do dia 25/06/2025
- Fechamento: 3.442,39 pontos (+0,24%)
- Mínima: 3.431,43 (-0,08%)
- Máxima: 3.443,94 (+0,28%)
- Acumulado da semana: +0,17%
- Acumulado do mês: -0,56%
- Acumulado do ano: +10,46%
Fundos imobiliários: destaques do mercado
Curiosamente, os FIIs com melhores desempenho no pregão desta quarta são de segmentos de tijolo, que sofrem mais em período de alta de juros — ao mesmo tempo em que, atualmente, são os mais descontados do mercado, com maior potencial de valorização no médio e longo prazo.
O RBRP11, FII de lajes corporativas, fechou em alta de 2,14%, negociado a R$ 49,16, enquanto o TVRI11, fundo que detém a posse de agências e escritórios ocupados pelo Banco do Brasil, subiu 1,35%, para R$ 94,00. Ambos, no entanto, continuam com descontos em relação ao valor patrimonial, de cerca de 35% e 7,5%, respectivamente.
Na outra ponta, a maior queda do dia ficou com o BLMG11, que atua no segmento de galpões logísticos, e recuou 1,57%, a R$ 37,07. Um dos mais descontados entre os componentes do IFIX, o fundo negocia com P/VP de 0,52x em relação ao valor patrimonial, de R$ 70,36.
Entre os fundos imobiliários com maior liquidez, o MXRF11 caiu 0,21%, a R$ 9,39, enquanto o CPTS11 subiu 0,14%, a R$ 7,34 e o GARE11 avançou 0,69%, a R$ 8,79. O TRXF11 subiu 0,92, a R$ 102,64, após anunciar a aquisição de um imóvel alugado ao Assaí em Caldas Novas (GO), com cap rate de 8,5% ao ano.
A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3. Entre os indicadores para a escolha de um FII estão valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 fundos imobiliários, é válida até o fim de agosto.