HGRU11, TRXF11 e SNCI11 estão entre destaques no Bom Dia FIIs (9/6)

HGRU11, TRXF11 e SNCI11 divulgaram relatórios com detalhamento de resultados; confira outros destaques do mercado de FIIs.

HGRU11, TRXF11 e SNCI11 estão entre destaques no Bom Dia FIIs (9/6)
HGRU11 tem imóveis locados à Pernambucanas - Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários HGRU11, TRXF11 e SNCI11 estão entre os destaques do mercado nesta segunda-feira (9), abertura das negociações na segunda semana de junho. A distribuição de dividendos ao longo da semana é uma das apostas do mercado de fundos imobiliários para superar a volatilidade enfrentada na semana passada.

Na última sexta-feira (6), o IFIX fechou o dia em 3.449,38 pontos, alta de 0,04% em relação à véspera, repetindo o padrão da sessão anterior. Depois de atingir a máxima logo nos primeiros minutos, se estabilizou em patamar positivo mais moderado, para recuar à tarde e se recuperar nos minutos finais.

No acumulado da primeira semana de junho, o índice de FIIs perdeu 0,36% em relação ao resultado da sexta-feira passada, 30 de maio, máxima histórica do índice. No ano, o resultado segue fortemente positivo, com alta de 10,69%. A expectativa com o pagamento dos dividendos é que investidores mais convictos do mercado de FIIs aproveitem parte dos proventos para adquirir mais cotas e ampliar sua renda nas próximas distribuições. 

Embora não haja como comprovar diretamente quanto desse valor volta ao mercado, os resultados do IFIX costumam ser positivos durante a segunda semana do mês — especialmente no décimo dia útil, que neste mês cai na próxima sexta-feira (13). Neste dia, mais de 150 fundos realizam o pagamento, entre eles alguns dos mais populares, como o MXRF11, o VISC11 e o HGLG11.

Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:

TRXF11 capta mais de R$ 200 mi em nova emissão e pagará dividendos no dia 13 (também para o funds)

O fundo imobiliário TRXF11 finalizou o mês de maio com resultado operacional de R$ 40 milhões, impulsionado pela sua estratégia de reciclagem de portfólio. O FII também avançou em sua 11ª emissão de cotas, arrecadando mais de R$ 200 milhões entre direito de preferência, sobras e montante adicional.

A distribuição de R$ 0,93 por cota referente ao mesmo período será equivalente a um dividend yield mensal de 0,91% e anualizado de 10,92%, considerando a cotação de mercado de R$ 102,18. Os cotistas posicionados até o dia 30 de maio receberão o pagamento na próxima sexta-feira (13).

Desde o início das negociações de suas cotas na B3, o TRXF11 acumula uma rentabilidade total de 70,71%, frente aos 10,95% do IFIX no mesmo intervalo de tempo.

HTMX11 lucra de mais de R$ 2 milhões e quase dobra dividendos

O fundo imobiliário HTMX11, que atua na gestão de unidades hoteleiras, pagou dividendos de R$ 1,54 por cota na última sexta-feira, 6, quase o dobro da distribuição anterior, de R$ 0,80 por cota.

Os dividendos aparecem no resultado de maio, ainda não detalhado, e geram um dividend yield mensal de aproximadamente 1,10%, considerando o valor de fechamento da cota em R$ 140,00 ao final do mês passado.

O desempenho operacional do HTMX11 reflete a estratégia de reciclagem de portfólio, em que o fundo vem alternando aquisições e vendas. Durante o mês de abril, o fundo vendeu duas unidades hoteleiras, arrecadando R$ 678.143,22 com essas transações. Hoje, o portfólio passou a contar com 783 unidades distribuídas em 21 hotéis ao final de abril e início de maio de 2025.

SNCI11 mantém dividendos estáveis; gestão traz detalhes sobre a carteira

O SNCI11, fundo imobiliário de recebíveis da Suno Asset, manteve em abril a distribuição de R$ 1,00 por cota, dentro do intervalo previsto no guidance para o segundo trimestre, que varia entre R$ 1,00 e R$ 1,10. 

A distribuição estável de dividendos é sustentada por uma reserva de lucros acumulada de R$ 0,58 por cota, o que, segundo o analista de crédito Bruno Zocchi, confere margem para enfrentar compromissos futuros sem prejuízo ao cotista. “Estamos com uma reserva de lucro bastante relevante que vai permitir enfrentar bem alguns compromissos assumidos para o fim do semestre.”

Zocchi explicou detalhes sobre a inadimplência de um CRI da carteira: o CRI Vanguarda, que representa pouco mais de 0,5% da carteira do SNCI11. A operação foi contratada em 2022 e tem como objetivo o financiamento de dois empreendimentos imobiliários em Teresina (PI), um comercial e um residencial.

Apesar da inadimplência pontual, a gestão segue confiante na capacidade de recuperação dos valores. O recebimento das carteiras dos imóveis vendidos deve gerar recursos suficientes para amortizar a exposição e retomar os pagamentos do CRI. “A gente entende que existe uma margem de garantia adequada”, disse Zocchi. “Mas é um processo que deve levar alguns meses para amadurecer.”

HGRU11 mantém reserva consistente, acelera obras e se aproxima de zerar vacância

O fundo imobiliário HGRU11 apresentou um desempenho sólido em abril, registrando receita total de R$ 24,8 milhões e um lucro de R$ 19,9 milhões no período. Esses resultados refletem a estabilidade operacional e contribuem para a distribuição de R$ 0,90 por cota aos cotistas, mantendo o patamar de dividendos observado nos meses anteriores.

O fundo também encerrou abril com uma reserva de lucro não distribuído de R$ 1,17 por cota. Essa reserva pode ser utilizada em futuras oscilações de receita ou distribuída ao final do semestre. Já o portfólio do HGRU11 manteve-se praticamente inalterado, com a taxa de vacância física permanecendo em 0,8%, indicando alta ocupação dos imóveis.

Em termos de estrutura financeira, o HGRU11 apresenta uma alavancagem de 6,3%, cifra compatível com sua estratégia de expansão. A gestão projeta manter essa alavancagem até o final de 2025, com expectativa de reduzir o nível de endividamento progres­sivamente nos anos seguintes.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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