CPTS11, RBRF11, BODB11 e FII do Minha Casa Minha Vida: Bom Dia FIIs (30/10)
Os CPTS11, RBRF11 e MCMV11/MCMV15 e o FI-Infra BODB11 estão entre os destaques desta quinta-feira (30), dia seguinte a uma nova máxima histórica para o IFIX, que terminou o dia em 3.589,68 pontos.

Foi a quarta alta consecutiva do índice de FIIs, desta vez de 0,15%. O resultado ficou apenas 0,24 ponto (0,01%) acima do recorde anterior, registrado em 30 de setembro. Assim, é também a primeira vez que o resultado acumulado no mês de outubro é positivo.
O IFIX operou em alta durante toda a sessão, registrando com frequência resultados acima dos 3.590 pontos, mas com leve queda na última hora de negócios. O mercado reagiu de forma moderada à queda dos juros nos EUA, para o intervalo entre 3,75% e 4% ao ano, anunciada após o encerramento da penúltima reunião do Fed em 2025.
Analistas, agora, esperam que o IFIX possa superar a marca simbólica dos 3.600 pontos nos próximos dias, especialmente pela movimentação de investidores que marca os últimos dias do mês. Nesta sexta-feira (31) será Data Com para mais de 150 FIIs, entre eles alguns dos maiores do mercado, como o MXRF11, o HGLG11 e o KNCR11, com a definição de quem terá direito aos dividendos que serão distribuídos em novembro.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
RBRF11: investidores devem informar custo médio em meio a processo de liquidação
O fundo imobiliário RBRF11 caminha para sua liquidação na B3 após a aprovação da incorporação de seus ativos pelo RBRX11, e os cotistas estão sendo chamados para informar o custo médio de aquisição das cotas para fins tributários. O prazo para o envio das informações foi prorrogado até 18 de novembro pelo BTG Pactual, administrador do fundo.
Como a operação é considerada uma venda das cotas pela Receita Federal, o custo médio é usada calcular eventual ganho de capital pelo cotista — que, neste caso, será tributado na fonte em 20% pelo Imposto de Renda. Se os dados não forem enviados, o cálculo será feito pela cotação mínima histórica, o que pode levar a uma tributação maior do que a devida.
O processo faz parte de uma operação de consolidação de portfólios proposta pela RBR Asset e aprovada em assembleia pelos investidores, que receberão cotas do RBRX11 de forma proporcional à posição em 2 de outubro, último dia de negociação do RBRF11 na B3. A consolidação elevará o patrimônio líquido do RBRX11 para cerca de R$ 1,47 bilhão, distribuído entre mais de 130 mil cotistas.
BODB11 amplia dividendos e alcança rentabilidade anualizada de 17,9%
O FI-Infra BODB11 anunciou a distribuição de R$ 0,10 por cota em dividendos aos seus investidores, com pagamento agendado para o dia 7 de novembro. O valor vai considerar os cotistas posicionados ao fim do pregão da próxima sexta-feira (31) e totaliza R$ 6,48 milhões em proventos.
Segundo a Bocaina, gestora do fundo, o rendimento equivaleria a um dividend yield anual de aproximadamente 17,9%, isento de Imposto de Renda. O valor é superior ao pago no mês anterior (R$ 0,09) e equivale a cerca de 140% do CDI.
O BODB11 busca valorização das cotas por meio da aquisição de ativos de renda fixa de longo prazo, principalmente debêntures incentivadas de infraestrutura, além de ganhos de capital na negociação desses títulos. Na última atualização, ao fim de setembro, o fundo registrou patrimônio líquido de aproximadamente R$ 561 milhões e base acima de 20 mil cotistas.
FII que planeja investir no Minha Casa Minha Vida prorroga prazo de oferta
A BRM Asset prorrogou o prazo da oferta da primeira emissão do BRM Minha Casa Minha Vida FII III, veículo que vai investir em projetos habitacionais do programa federal Minha Casa Minha Vida. A oferta inicial prevê captação de R$ 250 milhões, com possibilidade de ampliar até R$ 312,5 milhões via lote suplementar de 25%.
Cada cota foi definida em R$ 100, já incluindo os custos de distribuição de R$ 3,28 por unidade. O prazo para apresentação das intenções de investimento se encerrava nesta semana, mas foi prorrogado até 24 de novembro.
O portfólio concentrará investimentos no Distrito Federal, Goiás e Santa Catarina, utilizando permuta financeira, equity preferencial e equity puro. As estruturas priorizam proteção por meio de subordinação do sócio e convenants operacionais, além de diligência prévia das contrapartes.
CPTS11 anuncia maior lucro em 14 meses e dividendos rendem 114% do CDI
O fundo imobiliário CPTS11 encerrou o mês de setembro com um resultado de R$ 30,509 milhões, frente aos R$ 27,782 milhões do mês anterior. Esse é o melhor resultado do fundo nos últimos 14 meses.
A distribuição de dividendos do CPTS11 foi de R$ 29,5 milhões, equivalentes a R$ 0,09 por cota, e o fundo ainda encerrou o mês com R$ 0,003 por cota de resultado acumulado. Esse valor equivale a 114% do CDI, segundo cálculos da Capitania, gestora do FII.
Em setembro, o portfólio do CPTS11 mantinha 16 CRIs, que representam 31,7% do portfólio. Toda a carteira de crédito é indexada ao IPCA, com taxa média de IPCA + 8,34% e sem exposição ao CDI. A carteira de FIIs, composta por 91 fundos, corresponde a 63,2% dos ativos, com destaque para o CPSH11, fundo de shopping também sob gestão da Capitânia. A expectativa é que as movimentações recentes gerem cerca de R$ 20 milhões de impacto positivo nos resultados do CPTS11 nos próximos dois anos.