Dividendos do VRTM11 chegam a 139% do CDI; FII tem lucro de R$ 4 milhões

Dividendos do VRTM11 chegam a 139% do CDI; FII tem lucro de R$ 4 milhões
VRTM11 - Foto: iStock

O FII VRTM11 registrou em abril um resultado de R$ 4,06 milhões e movimentações relevantes em sua carteira. Com a distribuição mensal de dividendos mantida em R$ 0,09 por cota, o fundo apresentou um dividend yield de 1,25% no período, equivalente a cerca de 139% do CDI bruto.

A Fator, gestora do fundo, mantém uma reserva acumulada de R$ 0,032/cota para reforço de proventos futuros. Com uma leve queda no preço da cota ao longo do mês, e fechamento em 30 de abril a R$ 7,20, o VRTM11 fechou o mês com P/VP (preço sobre valor patrimonial) em 0,77x, apontando para um desconto significativo frente ao valor dos ativos em carteira.

Dividendos do VRTM11: estratégia com foco em vendas de FIIs

Ao longo do mês, o VRTM11 reduziu exposição a diversos FIIs. Foram feitas vendas parciais nas posições de HSLG11 (logístico), BROF11 e JSRE11 (lajes corporativas), além de JPPA11, VRTA11 e ARRI11 (recebíveis imobiliários).

O fundo também encerrou completamente sua participação nos fundos imobiliários ALZR11 (fundo híbrido), RBRY11 (recebíveis) e XPML11 (shopping). O saldo das vendas totalizou um desinvestimento líquido de R$ 7,4 milhões.

Em contrapartida, o fundo direcionou R$ 11,9 milhões para novos investimentos e liberações. Entre os aportes, destacam-se os investimentos nos empreendimentos Mirai Patriani Suzano e Mirai Patriani Atibaia, com compromissos de R$ 6,3 milhões e R$ 4,7 milhões, respectivamente, ambos com remuneração de IPCA + 11,5% ao ano. Houve ainda a liberação de cerca de R$ 2 milhões para o avanço de obras em nove empreendimentos do portfólio.

Ajustes na carteira de CRIs e expectativa de retorno adicional

Em abril, o fundo promoveu alteração na taxa de emissão do CRI Minas Brisa, que passou de IPCA + 7,5% ao ano para CDI + 4,5% ao ano, alinhando-se às condições atuais de mercado.

Outro ponto de destaque mencionado no relatório gerencial é o potencial de valorização dos imóveis diretos do fundo por meio de cláusulas de “kicker” em casos de recompra de unidades. Caso todas as unidades fossem recompradas, estima-se um impacto positivo de R$ 0,08 por cota no resultado do fundo.

O VRTM11 encerrou abril com R$ 23,6 milhões em caixa. Os recursos devem ser direcionados à aquisição de novos ativos do pipeline da gestora, além de cobrir taxas provisionadas e reforçar os pagamentos mensais de dividendos aos cotistas.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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