“Estamos muito confiantes com os FIIs de papel”, diz gestor do MXRF11; Quais são as oportunidades?

Em evento online da XP, o gestor do MXRF11 se mostrou bastante otimista com os FIIs de papel. Mas quais são as oportunidades nesse segmento?

“Estamos muito confiantes com os FIIs de papel”, diz gestor do MXRF11; Quais são as oportunidades?
"Estamos muito confiantes com os FIIs de papel", diz gestor do MXRF11; Quais são as oportunidades? Foto: Reprodução/YouTube

Os fundos de papel vêm ganhando grande destaque nos últimos anos, apesar das limitações de demanda por esse ativo em 2023 com uma inflação mais controlada, juros em queda e algumas preocupações no setor de crédito. Mas as expectativas com esse ativo daqui para frente são bastante positivas para o VP de Crédito Estruturado na XP Asset, Evandro Santos, que diz estar “muito confiante com os FIIs de papel”.

Em live transmitida no canal do YouTube da XP, no evento online “Super Clássicos Fundos Imobiliários”, o gestor do MXRF11 se mostra bastante otimista com relação aos FIIs de papel, apesar das “inflexões” vividas em 2023.

Ele destaca que os fundos imobiliários de papel estão com um yield “super atrativo”, e as empresas associadas aos ativos de crédito estão podendo ter um certo “alívio” em suas despesas, gerando um mercado de crédito mais atrativo, inclusive para os fundos imobiliários relacionados ao setor.

“A gente acha que o Banco Central está se compondo de uma forma que tende a aceitar um juros mais baixo, então a inflação deve ‘rodar’ um pouco mais alta e os juros real um pouco alto”, observa Santos.

Existem oportunidades nos FIIs de papel?

Os FIIs de papel investem principalmente em ativos de crédito. Nesse sentido, os investidores tendem a buscar nesse ativo uma menor volatilidade na cota, sem grandes apreciações ou variações, mas com a possibilidade de ganhar dinheiro com carrego do FII, conforme variação dos juros e dos índices inflacionários, conforme destacou Alessandro Vedrossi, co-head de Real Estate na Valora Investimentos.

Nesse sentido, o especialista da gestora responsável pelos FIIs VGIR11, VGIP11 e VGHF11, por exemplo, destaca que enquanto os FIIs de papel estão diretamente relacionados ao cenário macroeconômico, os fundos imobiliários de tijolo, embora também estejam atrelados a esse fator, tem uma maior associação ao cenário “micro” dos próprios imóveis, quando comparado com o outro tipo de FII.

Ele enxerga um momento “bastante interessante” para os fundos imobiliários de forma geral, embora cada investidor esteja propenso a investir com “tamanhos” diferentes de exposição em cada um dos tipos de FIIs.

“A nossa carteira deve ‘rodar’ em torno de CDI + 4,5%. Esse spread de crédito será mantido, e com a queda do CDI, isso [o spread] vai significar uma parcela maior desse CDI. Como você tem isso já isento de Imposto de Renda, o que acaba sendo super bom para o investidor”.

Santos lembra que a maior cotação do VGIR11 aconteceu quando a Selic estava em torno de 6% a 7%. Por essa razão, mesmo com a queda da Selic para as próximas reuniões do Copom, ele acredita que os investimentos atuais dos FIIs de papel em CDI vão continuar representando uma importante “oportunidade”.

Quanto aos investimentos dos FIIs em ativos atrelados ao IPCA, Vedrossi destaca que em razão da NTN-B estar “muito esticada”, é possível realizar alocações em crédito bastante favoráveis ao fundo com spreads “muito bons”.

Por fim, ele ainda pondera que apesar do maior risco dos FIIs de papel ser o risco de crédito, o cenário macroeconômico atual, com CDI em queda e inflação controlada, a tendência é esperar um cenário de crédito melhor, gerando diferentes oportunidades para esses fundos e seus investidores.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado financeiro, fundos imobiliários e economia popular.

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