FIIs HGBS11 e KFOF11 deixam carteiras recomendadas do BB; veja nova composição

Fundos Imobiliários são trocados em duas carteiras, uma com objetivo de obter rendimentos e outra com foco no ganho de capital.

FIIs HGBS11 e KFOF11 deixam carteiras recomendadas do BB; veja nova composição
Santander aumenta suas "apostas" em TGAR11, VGHF11 e TRXF11. Foto: iStock

Os fundos imobiliários (FIIS) HGBS11 e KFOF11 foram retirados das carteiras recomendadas para o setor pelo Banco do Brasil, atualizada nesta sexta-feira (1). Os analistas do banco estatal informaram que os dois fundos, embora com portfólio de qualidade e dividend yield anualizado de 9%, próximo à média do mercado, poderiam ser substituídos por opções mais adequadas dentro da premissa das carteiras.

O BB trabalha com duas carteiras recomendadas de fundos imobiliários: a Carteira Renda, com foco no recebimento de dividendos, e a Carteira Ganho, que tem o objetivo de lucrar com ganho de capital a partir de aquisições de fundos com deságio.

Vale lembrar que os dividendos de FIIs são isentos de Imposto de Renda quando o fundo tem mais de 100 cotistas e o investidor, menos de 10% do total de cotas. Já o ganho de capital é taxado em 20% do lucro, e o imposto devido deve ser recolhido no mês seguinte à venda com lucro das cotas.

FIIs da Carteira Renda têm alta de 0,32%

Os FIIs que formam a Carteira Renda do Banco do Brasil acumularam alta de 0,32% em fevereiro, bem abaixo da valorização de 0,79% do IFIX. O KFOF11, fundo de fundos da Kinea, deixa de compor essa carteira e dá lugar ao PLCR11, fundo de papel sob gestão da Plural.

“Embora o Kinea FoF possua um portfólio de qualidade, já estava devidamente precificado no P/VP de mercado e apresentava um Dividend Yield em torno de 9%, abaixo da média do segmento de FoFs. Em seu lugar, optamos pelo PLCR11, que tem estratégia de alocação em crédito privado com excelente relação risco retorno e bom nível de dividendo”, explica o relatório, assinado pelos analistas André Oliveira e Victor Penna.

Os fundos que passam a compor a Carteira Renda cada um com 12,5% de participação:

Com isso, a Carteira Renda está 62,5% composta por fundos de papel, com 25% de FoFs e 12,5% de terras agrícolas, com o RZTR11. “Considerando que todas operações do fundo foram originadas a taxas pré-fixadas e levando-se em conta as perspectivas de queda nos juros para os próximos meses, vemos o RZTR11 como uma excelente opção dentro do segmento Agro”, dizem os analistas.

Carteira Ganho tem alta de 0,51%

Na Carteira Ganho, que como diz o nome é voltada para o lucro, a alta de apenas 0,51% ao longo do mês fez com que os analistas tenham optado pela saída do HGBS11, um dos principais FIIs de shopping do mercado, pelo fato de estar muito próximo do valor patrimonial. Ele dará lugar a outro fundo da Credit Suisse, agora adquirida pela Pátria, o HGFF11.

“Optamos por mais uma estratégia de FoF, dessa vez com o HGFF11, que traz uma diversificação importante entre fundos de papel e tijolo, retornou um DY em torno de 9,4% a.a. e negocia com desconto em torno de 10%”, apontam os analistas.

A carteira passa agora a contar com os seguintes fundos:

A decisão de manter o VISC11 mostra que o setor de shoppings ainda pode crescer em valor de mercado – o FII está com relação V/PV de 0,95x. 

“O VISC11 apresenta vacância reduzida, inadimplência controlada, evolução no nível de vendas e NOI na comparação anual. Além disso, segue realizando a reciclagem do seu portfólio e, para corroborar com nossa visão otimista para o fundo, teve seus ativos reavaliados com incremento do patrimônio líquido na casa de 16%, o que evidencia uma avenida para valorização da cota nos próximos meses”, conclui o relatório do Banco do Brasil.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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