MXRF11 vai bater 1 milhão de cotistas; veja os motivos que fazem o fundo ser popular

O fundo imobiliário deve alcançar a marca histórica de 1 milhão de investidores. Veja quando isso pode acontecer e detalhes sobre o maior FII do Brasil.

MXRF11 vai bater 1 milhão de cotistas; veja os motivos que fazem o fundo ser popular
MCCI11 paga dividendos de 12% e carteira tem retorno de IPCA + 7,8%. Foto: Pixabay

Em seu novo informe mensal, referente ao mês de setembro de 2023, o fundo imobiliário MXRF11 divulgou o seu novo número de cotistas, que atingiu a marca de 977.470. Assim, faltam apenas 22.530 investidores para que seja alcançada a tão relevante marca de 1 milhão. Trata-se de quase a metade de todos os investidores de FIIs no mercado – hoje com 2,3 milhões, segundo a B3.

Em relação ao mês agosto, quando se tinha 953.489 cotistas, o número de investidores do MXRF11 teve um crescimento mensal de 2,515%. Caso o fundo registre esse mesmo aumento em outubro, ele ficaria com 1,002 milhão de cotistas até o final do mês.

Com isso, o fundo imobiliário MXRF11 pode ser o primeiro FII do Brasil a alcançar a marca de 1 milhão de investidores e existe a possibilidade de que isso aconteça em breve.

Além disso, o FII está entre os 10 mais negociados na bolsa nos últimos 12 meses, ficando atrás somente do KNCR11 e KNIP11.

Mas o forte crescimento do número de cotistas do Maxi Renda não é de agora. A alta acumulada em 2023 é de 32,12%, considerando que o fundo encerrou 2022 com quase 740 mil investidores.

MXRF11
Crescimento dos cotistas do MXRF11

Principais motivos

O analista-chefe de Fundos Imobiliários da Suno Research, o professor Marcos Baroni, elenca motivos que podem explicar o porquê dessa popularidade do MXRF11:

  1. Tempo de mercado como híbrido: o MXRF11 tem mais de 10 anos no mercado, desde 2012. “Ele foi meio que um precursor de uma estratégia um pouco mais híbrida, embora de uns anos para foi mais direcionado a fundo de recebíveis”.

2. Base 10: “Eles saíram na frente nessa questão de colocar cota na base dez. Isso fez com que o fundo ficasse mais popular, mais acessível, foi uma renovação. Claro já tínhamos algumas coisas no mercado, mas o fato de ser base dez fez com que ganhasse popularidade”, diz Baroni.

3. Estratégia: “O fundo sempre procurou dentro dessa estratégia de ser híbrido ter uma carteira bem diversificada entre inflação e CDI. Então isso fez com que o fundo mantivesse um rendimento mais estável. Porque quem for pelo caminho mais só da inflação pode ter tido rendimentos maiores, mas em momentos de inflação mais baixa, sentir um pouco mais. E quem foi só pra CDI, é mesma coisa, em momentos de juros altos foi positivo, mas momento de juros baixos não foi tão positivo assim. E no caso do MXRF ainda acabou olhando para essa estratégia também de alocação diversificada entre índices”.

4. Distribuição: Outra evidência é pelo fato dele estar dentro da distribuição da XP, que é uma corretora muito popular, com muito alcance nesse mercado de  fundos imobiliários.

Em 2022, a base de cotistas do FII MXRF11 teve um crescimento de 51,33%, enquanto no ano de 2021 o aumento foi de 55,83%, segundo dados dos seus informes mensais de anos anteriores.

O número de investidores do maior fundo imobiliário do Brasil mais que triplicou desde o final de 2020, ocasião em que se tinha 320 mil cotistas. Nesse mesmo período de comparação, o número de cotas passou de 182,49 milhões para os atuais 259,28 milhões, um crescimento de 42,08%, após a realização de 2 ofertas.

MXRF11 sobe 9% em 2023 e dividendos aumentam 12,9%

O fundo MXRF11 iniciou o ano de 2023 cotado a R$ 10,00 e ao final desta terça-feira (24), sua cotação era de R$ 10,90. Com isso, o desempenho do FII na Bolsa de Valores é positivo em 9% neste ano.

Mas não foi apenas sua cotação que aumentou nesse período, mas também os dividendos distribuídos pelo Maxi Renda.

Em 2023, os dividendos do MXRF11 somam R$ 1,05 por cota, segundo dados do portal Status Invest, o que representa alta de 12,9% em relação ao montante distribuído de janeiro a outubro de 2022 – mesmo período do ano passado – que fora de R$ 0,93 por cota.

Nos últimos 12 meses, os rendimentos totalizam R$ 1,33 por cota, o que corresponde a um dividend yield de 12,19% sobre a cotação atual do FII.

No que investe o Maxi Renda?

O MXRF11 é um fundo imobiliário de papel, embora possa ter um mandato mais amplo de investimento.

Por essa razão, além da aplicação de seus recursos em ativos financeiros com lastro imobiliário, como CRI, debênture, LCI, LH e até mesmo cotas de FIIs, o Maxi Renda também investe em ativos imobiliários, como imóveis comerciais e projetos imobiliários residenciais.

De acordo com seu último relatório gerencial, referente ao mês de agosto, 77% dos ativos do MXRF11 eram Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Além disso, a carteira do fundo também é formada por 15% de cotas de outros FIIs, 5% de permutas financeiras e a parcela remanescente (3%) está investida em instrumentos de caixa.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado de ações, criptomoedas, fundos imobiliários e economia popular. Graduando em Engenharia Química pela Unesp, também já trabalhei como consultor financeiro.

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