HGLG11 e outros fundos CSHG: AGEs aprovam transferência para o Patria
As sete assembleias alcançaram o quórum mínimo de 25% e a transferência definitiva deve ser concluída até o dia 30 de agosto.
Os fundos imobiliários HGLG11, HGRE11, HGRU11, HGFF11, HGCR11, HGPO11 e CBPO11 aprovaram em assembleia geral extraordinária (AGE) a transferência de sua gestão para o Patria Investimentos.
Era a última etapa necessária para concluir a aquisição dos fundos junto ao Credit Suisse, iniciada no ano passado, e aprovada nos últimos meses pelos órgãos reguladores. Para serem validadas, cada uma das AGEs convocadas precisava de um quórum mínimo de 25%, o que foi alcançado.
“Estamos muito felizes por ter recebido o aval dos investidores e animados para dar as boas vindas a esse time talentoso de profissionais que faz a gestão dos fundos”, afirmou Marcelo Fedak, sócio e CEO de Real Estate do Patria.
A empresa informou, desde o início do processo, que manteria os profissionais responsáveis pela atuação nos FIIs, agora sob um novo guarda-chuva. “Esse grupo de fundos vem gerando ganhos consistentes a seus cotistas, e vai escalar novas oportunidades de crescimento para o Patria”, completou Fedak.
O Patria Investimentos é uma gestora líder em investimentos alternativos na América Latina, com 35 anos de história e mais de R$ 150 bilhões em ativos combinados sob gestão, nos segmentos de Private Equity, Infraestrutura, Crédito, Public Equities, Real Estate, Growth Equities, Venture Capital e Global Private Markets Solution.
Na área de FIIs, a empresa já atua por meio da VBI Real Estate, gestora de mais de uma dezena de fundos, com patrimônio líquido somado superior a R$ 7 bilhões. O Pátria detém 50% da propriedade da empresa, adquirida em junho de 2022, com possibilidade de compra do restante neste ano, quando se completam 24 meses da transação.
HGLG11 e mais: entenda como foi a negociação
O Patria pagou cerca de US$ 130 milhões pela carteira dos fundos CSHG, depois que o Credit Suisse decidiu vender sua área de FIIs no Brasil. A decisão foi uma consequência da incorporação da matriz do banco pelo UBS, na Suíça, em junho do ano passado.
O FII HGLG11, que atua na área de galpões logísticos, é o fundo de maior patrimônio líquido do pacote, cerca de R$ 5,3 bilhões. Ao todo, o PL acumulado dos sete fundos CSHG fica perto de R$ 12 bilhões.
Fundo | Segmento | PL* | VPC** | Cotistas |
HGLG11 | logística | 5.306.763.276,83 | 157,06 | 470.375 |
HGRU11 | renda urbana | 2.318.783.130,46 | 125,98 | 205.45 |
HGRE11 | lajes corporativas | 1.811.957.286,46 | 153,32 | 152.695 |
HGCR11 | papel | 1.544.044.606,22 | 100,14 | 103.564 |
HGPO11 | lajes corporativas prime | 541.569.279,95 | 308,93 | 19.813 |
HGFF11 | fundo de fundos (FOF) | 264.589.599,37 | 92,40 | 16.348 |
CBOP11 | lajes corporativas*** | 102.031.338,98 | 72,11 | 2.909 |
**valor patrimonial por cota (em reais)
***propriedade de 50% do Castello Branco Office Park, em Barueri (SP)
As AGEs também aprovaram que a administração do fundo imobiliários HGLG11 e dos demais FIIs passará para o banco Genial., no lugar do Credit Suisse, que ocupava as duas funções. Agora, o CSHG deve tomar as próximas providenciar para evitar a transferência da gestão, com prazo até 30 de agosto, e data exata ainda a ser definida.
Enquanto isso, as atividades dos fundos continuam normalmente e nesta sexta-feira (31), último dia do mês, o HGLG11 e os demais fundos GCHS anunciam os valores de dividendos referentes a maio que serão pagos ao longo de junho.