IFIX sobe à cotação máxima em quase dois meses; BLMG11 dispara após receber oferta
IFIX alcançou 4º maior resultado da série histórica; FII de imóveis logísticos liderou as altas do mercado após oferta de venda.


O IFIX reverteu com sobras a perda da véspera e fechou em 3.485,95 pontos, avanço de 0,39%. É o quarto maior resultado da série histórica e o fechamento em valor mais alto desde 8 de julho, véspera do anúncio do “tarifaço” pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

O índice operou em patamar positivo desde o início, superando a marca dos 3.480 pontos desde os primeiros minutos e fechando perto da máxima do dia. O IFIX fechou a apenas 0,27% de seu recorde histórico, batido em 4 de julho, uma sexta-feira, em 3.495,42 pontos.
IFIX — resumo do dia 03/09/2025
- Fechamento: 3.485,95 pontos (+0,39%)
- Mínima: 3.472,44 (-0,00%)
- Máxima: 3.486,19 (+0,40%)
- Acumulado da semana: +0,28%
- Acumulado do mês: +0,28%
- Acumulado do ano: +11,86%
BLMG11 dispara, mas segue com desconto próximo de 50%
O fundo imobiliário BLMG11, que atua no segmento de imóveis logísticos, liderou as altas do mercado de FIIs nesta quarta-feira (3), depois de anunciar em fato relevante ter recebido uma oferta do GGRC11 para a venda de um grupo de ativos por R$ 125 milhões.
O BLMG11 fechou o pregão em R$ 37,00, sua cotação mais alta de fechamento desde 22 de julho. Mas, mesmo com o avanço de 14,48% em relação ao resultado da véspera, o FII continua sendo um dos mais descontados do mercado, com relação P/VP de 0,52x, considerando o valor patrimonial por cota (VPC) de R$ 70,76.
Pela proposta, o GGRC11 quer pagar R$ 125 milhões por todas as cotas detidas pelo BLMG11 no FII Triple A, no qual os dois são sócios junto com a Oaktree, e também um terreno localizado em Cabreúva, cidade a cerca de 60 km de São Paulo, na região de Jundiaí, conhecida pela grande quantidade de condomínios logísticos e pela facilidade de acesso à capital.
O pagamento será feito por meio de compensação financeira de créditos, no âmbito da 10ª oferta de emissão de cotas do GGRC11. Assim, o BLMG11 deixaria de ter a propriedade direta de dois imóveis logísticos que são de propriedade do FII Triple A, mas manteria participação indireta, como investidor do fundo comprador.
Segundo a BlueMacaw, gestora do BLMG11, a negociação implica um cap rate de aproximadamente 9% ao ano, com potencial de precificação de cerca de R$ 50 por cota. Além disso, os dividendos podem ter um impacto mensal positivo superior a R$ 0,05 (cinco centavos) por cota.
O URPR11, outro FII bastante descontado, teve forte alta pelo segundo dia consecutivo, agora de 3,67%, e fechou em R$ 36,74. A relação P/VP saltou de 0,35x para 0,37x, considerando o valor patrimonial por cota de R$ 99,72.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Na outra ponta, o CACR11 teve a maior queda do dia, de 2,25%, cotado a R$ 78.15, enquanto o BCRI11 caiu 1,10%, a R$ 62.75. O MXRF11, dono da maior base de investidores do mercado, fechou estável, em R$ 9,51.
A carteira teórica do IFIX é modificada a cada quatro meses pela B3, e a atual versão passou a valer na última segunda-feira (1), com 115 FIIs. A seleção de um fundo imobiliário leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição valerá até o fim do ano.