CPTS11 supera máxima do ano; IFIX fecha com oitava alta consecutiva
CPTS11 acumula mais de 20% de valorização em cinco meses, mas segue descontado em relação ao valor patrimonial.
O fundo imobiliário CPTS11 foi um dos destaques positivos do pregão de FIIs nesta terça-feira (22), superando sua cotação máxima do ano. O dia foi marcado pela oitava alta consecutiva do IFIX, que também teve seu melhor resultado em 2025.
O índice de FIIs fechou em 3350,60 pontos, alta de 0,52% em relação ao resultado do pregão anterior, na quinta-feira (17). A sequência de feriados não mexeu com a tendência do mercado, que já acumula alta acima de 1% em abril e tem se mantido alheio, desde a semana passada, às oscilações causadas pelo risco de guerra comercial entre EUA e China.
Assim como na semana passada, o IFIX oscilou positivamente durante todo o pregão. O momento positivo não foi afetado nem mesmo pela alta nas taxas de juros de longo prazo: o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2029 fechou com taxa de 14,08%, ante 14,02% no ajuste de quinta-feira.
As falas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em audiência no Senado, deixaram no mercado a impressão de que a entidade manterá uma postura dura na tentativa de controlar a inflação. No relatório Focus divulgado na manhã desta terça, a projeção da maioria dos analistas permanece com a Selic em 15% ao ano no fim de 2025.
IFIX – resumo do dia 22/04/2025
- Fechamento: 3.350,60 pontos (+0,52%)
- Mínima: 3.333,31 (-0,00%)
- Máxima: 3.312,68 (+0,62%)
- Acumulado da semana: +0,52%
- Acumulado do mês: +1,13%
- Acumulado do ano: +6,18%
CPTS11 sobe mais de 7% no ano
O fundo imobiliário CPTS11 superou mais uma vez sua máxima do ano nesta terça, ao fechar em R$ 7,37, alta de 0,68% em relação ao resultado de quinta. Desde o início do ano, o FII acumula 7,91% de valorização, considerando o preço de R$ 6,83 em 30 de dezembro.
Essa alta é ainda mais se recuarmos à mínima do CPTS11 em 2024, atingida alguns dias antes, em 18 de dezembro, de R$ 6,11. De lá para cá, o ganho de capital superou os 20%.
E, mesmo assim, o fundo segue descontado em relação ao valor patrimonial por cota (VPC), de R$ 8,74. Com o preço de mercado de R$ 7,37, a relação P/VP é de 0,84x,o que significa um desconto superior a 15%.
Outros destaques positivos foram o RBVA11, que subiu 2,72%, cotado a R$ 86,97, e o CVBI11, com alta de 2,65%, a R$ 85,68. Na outra ponta, o IRDM11 teve a maior queda, de 1,51%, a R$ 67,73.
O MXRF11, FII mais popular do mercado, manteve seu ritmo de pouca oscilação e fechou em queda de 0,11%, a R$ 9,12, enquanto o VGIR11 caiu 1,20%, a R$ 9,13.
O IFIX é o principal índice do mercado de FIIs e tem sua carteira teórica renovada a cada quatro meses pela B3. Entre os indicadores para que um FII seja selecionado estão valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 fundos imobiliários, valerá até 2 de maio.
