Patria anuncia compra da RBR, gestora com 12 fundos imobiliários no portfólio
O Patria Real Estate anunciou a aquisição da RBR Asset, gestora de 12 fundos imobiliários, entre eles alguns de forte presença no mercado, especialmente nos segmentos de recebíveis. A empresa também conta com o hedge fund RBRX11, que acaba de incorporar os ativos do RBRF11, e os FIIs de tijolo RBRP11, de imóveis corporativos, e RBRL11, de galpões logísticos.

O valor da transação não foi divulgado, mas a projeção é de que os FIIs da RBR somem cerca de R$ 8 bilhões em ativos sob gestão. Com isso, o Patria deve chegar a R$ 38 bilhões sob gestão apenas no segmento de fundos imobiliários.
O Patria diz que a experiência da RBR nos segmentos de ativos de papel foi fundamental para a negociação, pois reforçarão a estratégia de construir uma plataforma “integrada, escalável e preparada para múltiplos ciclos de mercado”. A empresa recentemente uniu três FIIs do segmento, o CVBI11, o PLCR11 e o BARI11, em apenas um fundo, o PICP11. O HGCR11 também está no portfólio, mas a aquisição deve fazer o setor alcançar 34% dos ativos da empresa.
Nos últimos anos, o Patria seguiu uma estratégia agressiva de aquisições de gestoras, comprando a VBI, as operações de FIIs do Credit Suisse e, mais recentemente, operações da Vectis e da Genial. Na semana passada, iniciou o processo de fusão de seus três fundos de imóveis logísticos: o HGLG11 vai incorporar os ativos do LVBI11 e do PATL11.
Fundos imobiliários: mais sobre a aquisição
“A aquisição representa mais um passo firme no fortalecimento da nossa plataforma de real estate. Ampliamos nossa escala, fortalecemos nosso portfólio e aceleramos nossa estratégia de consolidação em um momento-chave para a evolução do mercado de FIIs no Brasil”, afirmou Rodrigo Abbud, sócio e Head de Real Estate Brasil do Patria.
“Acreditamos que o futuro da indústria e o melhor para os cotistas dos fundos imobiliários listados é fazer parte de fundos grandes e líquidos”, completou Ricardo Almendra, CEO e sócio fundador da RBR.
Segundo ele, a transação será benéfica aos cotistas e os times de gestão dos fundos imobiliários da RBR serão mantidos e integrados à equipe do Patria. A conclusão da operação ainda depende de uma série de condições precedentes, mas, por ora, não há necessidade de aprovação pelos investidores em assembleia.