CPTS11 sobe após negociar mais de 600% acima do volume médio; IFIX tem sexta alta seguida
COTS11 superou um terço de todo o volume financeiro de fevereiro em apenas um dia de negociações; IFIX manteve viés de alta.


O fundo imobiliário CPTS11 teve negociações em volume muito acima do normal no pregão de FIIs desta segunda-feira (10), movimentando sozinho mais de R$ 58 milhões, ante a média diária de R$ 8,1 milhões em fevereiro. O FII terminou o dia com alta de 0,60%, cotado a R$ 6,69, seu valor máximo de fechamento nos últimos dois meses.

O IFIX fechou o dia em alta pela sexta vez consecutiva, em 3.164,67 pontos, valorização de 0,11% em relação ao resultado de sexta-feira (7), alcançando a cotação máxima do ano pelo terceiro dia seguido. Com isso, o índice repetiu a sequência de resultados positivos verificada nos seis pregões entre 20 de dezembro e 2 de janeiro.
O índice de FIIs operou de forma positiva durante todo o pregão, embora tenha oscilado perto do patamar da véspera durante a maior parte da tarde, mas sem nunca entrar no vermelho. Ainda assim, a maioria dos fundos segue bastante descontada em relação ao valor patrimonial, o que pode ter estimulado o volume de negociações.
O CPTS11, por exemplo, fechou em seu valor mais alto desde 8 de janeiro, quando terminou o dia negociado a R$ 6,72. Mesmo assim, a cotação de R$ 6,69 representa um P/VP de 0,78x em relação ao valor patrimonial por cota (VPC), de R$ 8,56.
IFIX – resumo do dia 10/03/2025
- Fechamento: 3.164,67 pontos (+0,11%)
- Mínima: 3.160,91
- Máxima: 3.167,15
- Acumulado da semana: +0,11%
- Acumulado do mês: +1,38%
- Acumulado do ano: +1,55%
CPTS11 negocia mais de um terço do volume de fevereiro em um dia
O volume de negociação do fundo imobiliário CPTS11 chegou a R$ 58,304 milhões, segundo dados consolidados da B3. Isso representa 616,97% de alta em relação ao volume médio registrado pelo FII em fevereiro, de R$ 8,132 milhões. Se comparado com o volume total, de R$ 162,644 milhões, o percentual é de 35,8%, ou seja, mais de um terço do volume de todo o mês passado registrado num só pregão.
Em número de cotas, a diferença é similar: foram 8,772 milhões de cotas que mudaram de mãos, quase seis vezes mais que a média diária de fevereiro, de 1,303 milhão, e cerca um terço das 26,064 milhões de unidades negociadas no mês passado.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deve consultar a gestão do CPTS11 a respeito da movimentação acima dos padrões. O fundo anuncia na sexta-feira (14) os dividendos referentes aos resultados de fevereiro.
Outros FIIs registraram movimentação acima da média, como o RBRF11, que teve mais de 2 milhões de cotas vendidas, cinco vezes mais que a média diária, de cerca de 400 mil. O fundo terminou o dia em alta de 0,31%,a R$ 6,52.
A maior alta do dia ficou com o SARE11, que subiu 4,44% e terminou o pregão cotado a R$ 4,00. Na outra ponta, o RBFF11 caiu 3,04%, com fechamento a R$ 46,81.
O IFIX é o principal índice do mercado de FIIs e tem sua carteira teórica renovada a cada quatro meses pela B3. Entre os indicadores para que um fundo imobiliário seja selecionado estão valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual formação da carteira, com 117 FIIs, foi divulgada em janeiro e vai até o fim de abril. Após o último pregão deste mês, a Bolsa divulgará a primeira prévia da nova carteira, para que os investimentos possam antecipar eventuais movimentações.