VINO11 divulga estimativa de dividendos para o 1º semestre; veja valor por cota

Em relatório gerencial referente a fevereiro, o fundo imobiliário VINO11 informou que obteve um resultado de R$ 4,5 milhões,

VINO11 divulga estimativa de dividendos para o 1º semestre; veja valor por cota
VINO11 divulga estimativa de dividendos para o 1º semestre. Foto: Unsplash

Em relatório gerencial referente a fevereiro, o fundo imobiliário VINO11 informou que obteve um resultado de R$ 4,5 milhões, o equivalente a R$ 0,055/cota. A receita dos imóveis em fevereiro totalizou R$ 9,1 milhões. Por sua vez, o resultado financeiro foi negativo em R$ – 3,6 milhões. No relatório, o FII também divulgou seu guidance para 1º semestre.

Com isso, o fundo encerrou o mês, após a distribuição dos rendimentos, com uma reserva de resultado não distribuída de R$ 865 mil, equivalente a R$ 0,010/cota. 

No mês de fevereiro, os dividendos do VINO11 foram no valor de R$ 0,055/cota, o equivalente a um dividend yield anualizado de 8,9% com base no fechamento do período. 

“Estimamos que o rendimento médio mensal distribuído pelo Fundo, até junho do ano de 2024, se situe entre 0,050/cota e 0,060/cota”, afirma a gestora do VINO11.

Além disso, segundo relatório, o VINO11 fechou um novo contrato de locação para 439 m² no Edifício Brooklin Business Square, com a Bemfácil Digital, uma fintech, como nova locatária. O contrato de 60 meses inclui apenas 1 mês de carência, pois o espaço já estava pronto e mobiliado. 

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Carteira do VINO11 em fevereiro

Ao final de fevereiro, o patrimônio líquido do VINO11 era de R$ 899,4 milhões, com participações em ativos imobiliários totalizando R$ 1.354,0 milhões. 

As aplicações financeiras somavam R$ 34,3 milhões, incluindo R$ 28,7 milhões em fundos referenciados DI com liquidez imediata e R$ 5,6 milhões em cotas de fundos de investimento imobiliário com liquidez.

O fundo tem obrigações relacionadas a aquisições de imóveis a prazo, totalizando R$ 515,4 milhões, e líquido das aplicações financeiras, R$ 481,1 milhões, representando 35,5% dos ativos imobiliários. Desse total, R$ 44,2 milhões vencem em até 12 meses.

 O volume médio diário de negociação foi de R$ 0,9 milhões que representou um giro equivalente a 4,2% das cotas do VINO11.

No fechamento do mês, portfólio do fundo estava composto por participação em 10 imóveis totalizando mais de 86,0 mil m² de ABL (Área Bruta Total) próprio.

VINO11 e outros FIIS de lajes corporativas estão baratos?

O fundo imobiliário Vinci Offices (VINO11) é um dos fundos imobiliários mais populares do mercado, com mais de 140 mil cotistas e forte volume diário de negociações, perto da casa de R$ 1 milhão. Vem pagando proventos com regularidade, com um dividend yield mensal na casa de 0,75%, e, no entanto, suas cotas são negociadas com preço mais baixo que o valor patrimonial, numa relação P/VP de 0,74x.

A situação do FII VINO11 tem sido comum ao setor de lajes corporativas, ou seja, os fundos imobiliários cujo patrimônio está prioritariamente alocado em edifícios de escritórios. Esse segmento tem passado por um processo de recuperação, ainda em busca de retomar níveis de ocupação e rentabilidade vividos antes da pandemia de covid-19, que causou um chacoalhão no mercado especialmente entre 2020 e 2021.

Os FIIs de lajes corporativas foram seriamente afetados pelas restrições de circulação e pela adoção, por muitos setores, do trabalho em home officeDevoluções em massa e renegociações de contrato aumentaram os índices de vacância, tanto física quanto financeira, o que reduziu o valor de mercado dos fundos de lajes corporativas. Levantamento da Guide Investimentos mostra que o setor hoje tem, em média, o menor P/VP do mercado, ou seja, é negociado em Bolsa com o maior deságio em relação ao valor patrimonial

O especialista aponta ainda que muitos FIIs desse setor tiveram que aumentar a alavancagem para realizar a aquisição de novos ativos. O VINO11, por exemplo, tem cerca de R$ 500 milhões em dívidas, o equivalente a cerca de 35% do valor patrimonial, sendo R$ 42 milhões com vencimento em 12 meses. “Para muitos investidores, essa prática não é bem vista, acrescentando um prêmio de risco adicional à classe”, explica o analista Pedro Dafico, da Suno Research.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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