VRTA11 tem lucro de R$ 14,1 milhões em fevereiro e rende 129% do CDI


O fundo imobiliário VRTA11 encerrou fevereiro com um lucro de R$ 14,1 milhões, segundo relatório mais recente. No mês, o fundo distribuiu R$ 0,85 por cota no mês, garantindo um dividend yield de 1,08%, considerando o fechamento da cota a R$ 78,84. A distribuição equivale a 129% do CDI.

Além do pagamento de proventos, o fundo acumulou uma reserva de R$ 0,64 por cota, que poderá ser utilizada para complementar dividendos futuros ou cobrir eventuais obrigações.
O P/VP do VRTA11 fechou fevereiro em 0,91x, indicando que o ativo segue sendo negociado com desconto em relação ao seu valor patrimonial.
O fundo finalizou o mês com R$ 20,8 milhões em caixa, representando 1,5% do patrimônio líquido (PL). Esses recursos serão direcionados ao pagamento de dividendos e novas alocações em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), fortalecendo a geração de renda do portfólio.
VRTA11: movimentações na carteira
Durante fevereiro, o VRTA11 realizou importantes movimentações na carteira de CRIs e FIIs, incluindo:
- Aquisição do CRI Summus no valor de R$ 40 milhões, com remuneração de IPCA + 11,50% ao ano.
- Incorporação do ALZM11 pelo ALZC11, elevando a participação do fundo para 387.112 cotas do ALZC11, adquiridas a um custo médio de R$ 127,48 por cota.
Em relação a compromissadas reversas, o fundo quitou R$ 18,5 milhões em operações contratadas a CDI + 0,89%, enquanto contratou R$ 33 milhões em novas operações a CDI + 0,81% ao ano, mantendo um custo competitivo para captação de recursos.
Atualmente, o VRTA11 tem R$ 49,3 milhões contratados em compromissadas reversas, com uma taxa média de CDI + 0,84% ao ano.
Cotação VRTA11
Inadimplência do CRI BR Distribuidora
Apesar do desempenho positivo da carteira, o VRTA11 enfrenta desafios com o CRI BR Distribuidora I, que está inadimplente desde abril de 2024. Segundo a gestora, não há previsão de retomada dos pagamentos nos próximos meses devido ao andamento do processo judicial envolvendo a empresa.
Diante desse cenário, o fundo realizou uma provisão de 100% sobre esse ativo, ou seja, reconheceu todo o valor como perda potencial na carteira. Em agosto de 2024, esse CRI já havia sido reprecificado para 25% do valor de mercado, o que corresponde a R$ 300 mil ou cerca de 0,02% do PL do fundo.
No entanto, mesmo com o impacto do CRI BR Distribuidora, o VRTA11 com mais de 99% dos CRIs adimplentes e cumprindo com os pagamentos regularmente.