TRXF11, VRTM11, RBRF11 e SNEL11 são destaques do Bom Dia FIIs (29/9)
TRXF11 anunciou nova oferta de cotas e SNEL11 fechou na máxima depois de informar locação da usina São Bento Abade (MG).


Os fundos imobiliários TRXF11, VRTM11, RBRF11 e SNEL11 são os destaques desta segunda-feira (29), na véspera do fechamento do mês de setembro, que se encaminha para ter um dos melhores resultados mensais do IFIX neste ano.

Na última sexta-feira (26), o índice de FIIs registrou um novo recorde histórico, ao fechar em 3.578,66 pontos, alta de 0,27% em relação à véspera. O dia foi mais uma vez de cotação positiva durante toda a sessão, com o índice superando a marca simbólica de 3.580 pontos durante os últimos minutos.
Com alta acumulada de 0,33% na semana, o IFIX já sobe 2,94% em setembro — o melhor resultado para um mês desde abril, quando o índice subiu 3,01%. Acima, apenas fevereiro (3,34%) e março (6,14%) tiveram resultados melhores.
Como os últimos dias do mês tendem a ser positivos, diante da busca dos investidores por posicionamento para recebimento de dividendos, analistas consideram possível que esse número possa subir mais até o fim do pregão de terça-feira (30) e alcançar a marca simbólica dos 3.600 pontos, o que resultaria numa elevação acima de 3,5%.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
SNEL11 fecha na máxima ajustada após anúncio de locação de usina em MG
O SNEL11, fundo imobiliário da Suno Asset com foco em investimentos em geração de energia renovável, fechou em sua máxima ajustada nesta sexta-feira (26), cotado a R$ 8,55. Esse indicador considera o preço de mercado, acrescido dos dividendos mensais distribuídos ao longo do tempo de atuação do FII.
A valorização veio no dia seguinte ao pagamento de dividendos referentes aos resultados de agosto, de R$ 0,10 por cota, e também ao anúncio de um contrato de 5 anos com a NUV Energia Ltda. para locação da usina de São Bento Abade (MG). Construída sob gestão do SNEL11 com a verba captada na 2ª emissão de cotas do fundo, a usina teve suas obras concluídas em dezembro. A conexão à rede da Cemig foi realizada no mês passado.
O acordo, na visão da gestora, “traz maior previsibilidade e representa um importante destravamento de valor para o portfólio, uma vez que o empreendimento aguardava conexão para iniciar sua operação”. A projeção da equipe de gestão é que, após a fase de ramp-up, o ativo gere aproximadamente R$580 mil reais de locação por mês, com essa etapa concluída em menos de 6 meses.
RBRF11 terá último pregão nesta semana em meio a processo de incorporação
O fundo imobiliário RBRF11 terá seu último dia de negociação na B3 na próxima quinta-feira (2). A medida faz parte do processo de incorporação ao RBRX11, FII multiestratégia da mesma gestora, a RBR Asset, e a posição dos cotistas ao fim do pregão será usada como referência para a distribuição das cotas do RBRX11 e a posterior liquidação do fundo.
A operação será feita por meio da troca de ativos por cotas. Entre os dias 7 e 27 de outubro, os cotistas deverão informar seus custos médios de aquisição no Portal do Investidor, para fins de apuração tributária.
O fator de proporção para a entrega de cotas do RBRX11 aos cotistas do RBRF11 e também o valor da amortização serão divulgados em 21 de novembro. A apuração final ocorrerá entre 24 de novembro e 1º de dezembro, data em que o pagamento será realizado aos investidores.
VRTM11 potencializa carteira com novas aquisições e recompra de unidades
O VRTM11, fundo imobiliário multiestratégia sob gestão da Fator, apresentou em agosto um mês de intensa movimentação. No segmento de imóveis, o fundo assinou a aquisição de oito unidades na planta do empreendimento Daxo Rhodes, em Santa Catarina, com valor total comprometido de R$ 10,6 milhões.
Além disso, liberou R$ 1,5 milhão em sete empreendimentos ainda em obras e recomprou 12 unidades em diferentes projetos, incluindo Mirai Atibaia, Edifício Gibran, Residencial José Antônio Bortolotto e Evolve Vila Mariana, em operações que somaram mais de R$ 5,7 milhões.
No portfólio de fundos imobiliários, a estratégia foi de vendas, que totalizaram R$ 10,8 milhões, com redução de posições em BRCO11, ZAGH11, OULG11, KNSC11 e MCCI11, além do encerramento de participações em JSRE11 e OUJP11. O objetivo, segundo a gestão, foi diminuir a exposição a FIIs e direcionar recursos para CRIs e operações estruturadas, sem prejuízo para o fundo.
TRXF11 aprova emissão de cotas; captação pode chegar a até R$ 3 bilhões
O fundo imobiliário TRXF11 anunciou a decisão de realizar sua 12ª emissão de cotas, que pode movimentar até R$ 2 bilhões inicialmente. Caso haja demanda pelo lote adicional de até 50% do valor inicial, essa captação poderá chegar a R$ 3 bilhões.
A oferta contempla inicialmente a venda de até 19,9 milhões de novas cotas do TRXF11. Cada unidade será negociada a R$ 100,20, valor estabelecido com base no valor patrimonial do fundo em 29 de agosto de 2025, de R$ 101,13, descontado dos dividendos distribuídos, de R$ 0,93 por cota.
Com a inclusão de uma taxa de distribuição primária de R$ 0,13 por cota, o valor final de subscrição será de R$ 100,33 por unidade. Para ser validada, a oferta do TRXF11 precisa atingir uma captação mínima de R$ 9,98 milhões, correspondente a 99.682 cotas.
Os recursos obtidos serão utilizados principalmente em imóveis built-to-suit (construções sob medida) e operações de sale and leaseback (SLB), além de desenvolvimento de obras e novas aquisições imobiliárias, alinhando-se à estratégia do TRXF11 de expandir seu portfólio. Caso seja alcançada a captação máxima, o fundo poderá quase dobrar seu patrimônio líquido, hoje de R$ 3,286 bilhões.