KNCR11, SNFF11 e Carteiras Recomendadas estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (6/11)

Analista avalia oferta do KNCR11, SNFF11 divulga resultados e casas de análise atualizam suas recomendações de FIIs.

KNCR11, SNFF11 e Carteiras Recomendadas estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (6/11)
KNCR11 oferta Bom Dia FIIs

Os fundos imobiliários KNCR11, SNFF11 e HTMX11 e as carteiras recomendadas para investimento em novembro estão entre os destaques do noticiário nesta quarta-feira (6), dia em que o mercado de FIIs deve operar em compasso de espera pela reunião do Copom, o comitê de política monetária do Banco Central, que deve anunciar novo aumento da Selic após o fechamento do mercado.

Nesta terça-feira (5), o IFIX reagiu e interrompeu uma sequência de três quedas consecutivas, fechando em 3.187,61 pontos, alta de 0,02% em relação ao fechamento da véspera, depois de oscilar entre a máxima de 3.194,23 pontos, logo nos primeiros minutos de negociação, e a mínima de 3.194,23, por volta das 15h.

Depois de abrir o dia em alta, o IFIX passou a negociar em patamar negativo ao meio-dia, mas teve dois leves picos de valorização, o suficiente para terminar em alta o pregão, que desde o início da semana conta com uma hora a mais de negociações, até as 18h, devido à mudança do fuso horário nos Estados Unidos.

Com esse resultado, o principal índice do mercado de FIIs acumula queda de 0,53% no mês de novembro e de 3,73% em relação ao fechamento no último dia útil de 2023, a um dia de nova reunião do Copom que deve anunciar um aumento da Selic para 11,25% ao ano, meio ponto percentual a mais que a taxa atual.

A medida é vista como negativa para o mercado de FIIs por ampliar a atratividade dos investimentos de renda fixa,o que gera fuga dos capitais e consequente perda de valor de mercado dos fundos imobiliários, por excesso de oferta das cotas. 

Além disso, fundos de tijolo, cuja rentabilidade é mais atrelada à economia real, correm o risco de viver períodos de estagnação, com risco de aumento de vacância e dificuldade em fechar novos contratos no caso de uma desaceleração muito forte da atividade econômica. Por outro lado, FIIs de papel podem ter sua receita ampliada, especialmente aqueles com a maior parte do patrimônio alocada em títulos remunerados pelo CDI.

Confira outras notícias sobre os mercado de fundos imobiliários:

SNFF11 registra dividend yield mensal de 0,80% em meio a emissão

O fundo imobiliário SNFF11 registrou um resultado distribuível de R$ 0,67 por cota no mês de setembro, enquanto o provisionamento foi de R$ 0,72 por cota, com R$ 0,23 e R$ 0,03 destinados aos portadores recibos SNFF13 e SNFF14, respectivamente. A distribuição foi realizada em 25 de outubro, e o fundo encerrou o mês com uma reserva acumulada para futuras distribuições estimada em R$ 0,32 por cota. 

O resultado líquido do mês de setembro para o FOF (fundo de fundos) da Suno Asset somou R$ 1,9 milhão. A distribuição representou um dividend yield mensal de 0,80% em relação ao valor da cota de fechamento de setembro, de R$ 89,83. Paralelamente, o fundo está em sua terceira emissão de cotas e, durante o período de preferência e sobras, entre 18 e 27 de setembro, foram subscritas e integralizadas 156.443 novas cotas, somando R$ 14.021.986,09.

No mercado secundário, o SNFF11 apresentou um retorno total de -0,24%, superando o desempenho do IFIX, que registrou -2,58% no período. O volume médio diário de negociações do fundo atingiu R$ 699 mil.

Durante o mês, o fundo realizou uma série de movimentos estratégicos visando aumentar a liquidez e reduzir posições com potencial de ganhos futuros. Foram vendidas cotas dos fundos VRTA11, KNIP11, BTLG11 e SNEL11, gerando um volume total aproximado de R$ 3,6 milhões e resultando em um ganho de capital líquido de R$ 0,05 por cota.

HTMX11 anuncia nova oferta de cotas para captar R$ 250 milhões

O fundo imobiliário HTMX11 anunciou a realização de sua 16ª emissão de cotas, buscando captar o montante de R$ 250 milhões. Esse valor tem como base a emissão inicial de até 1.722.475 cotas do FII HTMX11, cujo preço de emissão será de R$ 145,14 por cota. Considerando a taxa de distribuição primária referente aos custos da oferta, o preço de subscrição é de R$ 150,66 por cota.

Vale destacar que o preço de emissão foi fixado conforme o valor da cota patrimonial no momento de registro da oferta, de R$ 133,77, somado a um ágio de 8,50%, ou seja, de R$ 11,37, em razão das atuais condições de mercado.

A oferta ainda está bem abaixo do valor de mercado do fundo, que tem oscilado sempre acima dos R$ 170 nos últimos meses. Nesta terça-feira (5), o HYMX11 fechou cotado a R$ 180,18.

Os recursos líquidos captados devem ser usados pelo HTMX11 para a aquisição de novas unidades hoteleiras em quatro diferentes ativos apontados no prospecto, todos em São Paulo: Novotel São Paulo Morumbi, Ibis São Paulo Morumbi, Ibis Budget São Paulo Morumbi e Ibis São Paulo Ibirapuera.

Carteiras Recomendadas: veja indicações de BTG, XP e Banco do Brasil

Com a virada do mês, vários bancos de investimentos e casas de análise atualizam suas Carteiras Recomendadas de FIIs, com indicações de ativos que merecem a atenção do investidor.

O BTG Pactual fez poucas modificações em sua carteira: retirou os fundos HGLG11, de imóveis logísticos, e RBRP11, de lajes corporativas, ambos com pequenas participações, e reduziu o percentual do KNCR11, de recebíveis. Esses investimentos foram redirecionados para os fundos HGBS11, de shoppings, e HGRU11, de varejo, que já estavam presentes e ganharam maior impacto na lista.

A XP Investimentos manteve o CPTS11 como um dos destaques da carteira, apesar da forte queda sofrida em outubro, e fez também ajustes discretos na participação de alguns fundos: XPML11 e PVBI11 perderam espaço, enquanto BTLG11, TEPP11 e MCCI11 tiveram seus percentuais aumentados.

Já o Banco do Brasil manteve a composição de suas duas carteiras sugeridas, uma para a criação de renda passiva, por meio da consistência dos dividendos, da qual faz parte o VRTM11, e outra com foco em ganho de capital, com potencial de valorização dos preços de mercado dos FIIs, entre eles o GARE11.

KNCR11: analista da Suno explica se vale a pena participar da nova oferta bilionária

O fundo imobiliário KNCR11 está realizando a sua 11ª emissão de cotas, cujo objetivo inicial é a captação de R$ 1,995 bilhão. Após o encerramento do período de exercício do direito de preferência, agora está em pauta o período de exercício do direito de subscrição de sobras.

Para o investidor que estuda se vale a pena participar da oferta do KNCR11, o analista CNPI Pedro Dafico, da Suno Research, destaca que a decisão de investimento depende das decisões estratégicas e do perfil de risco individual de cada investidor, mas apresenta alguns pontos relevantes sobre o FII, como o valor patrimonial relevante de quase R$ 7,13 bilhões.

O FII KNCR11 também se destaca por ser o segundo maior fundo imobiliário de CRI da Bolsa de Valores brasileira, contando com um total de 376,6 mil cotistas. Sua liquidez média diária é de aproximadamente R$ 13,089 milhões.

Dafico diz que o retorno do KNCR11 tende a ficar ligeiramente acima do CDI ao longo do tempo, embora isso não seja necessariamente uma regra. O valor investido pelo FII em CRI atrelado ao CDI representa 92,0% do patrimônio, com uma remuneração média (MTM) de CDI + 2,41% ao ano.

Dentre os pontos de destaque sobre o fundo KNCR11, o especialista também coloca a esteira de originação e a estruturação de novos ativos em que sua gestora, a Kinea, tem grande experiência. “É uma gestora bastante relevante no mercado, com 17 anos de histórico e R$ 132 bilhões sob gestão.”

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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