CPTS11, SNEL11, MANA11 e VRTM11 são destaques no Bom Dia FIIs (28/5)

CPTS11, MANA11 e VRTM11 divulgaram relatórios detalhados de atividade; SNEL11 se posiciona como fundo capaz de deixar P/VP em segundo plano.

CPTS11, SNEL11, MANA11 e VRTM11 são destaques no Bom Dia FIIs (28/5)
SNEL11 investe em usinas fotovoltaicas - Foto: Freepik

Os fundos imobiliários CPTS11, SNEL11, MANA11 e VRTM11 estão entre os destaques desta quarta-feira (28), dia seguinte a um pregão de oscilação e recuperação para o IFIX, que terminou o dia em 3.438,26 pontos, alta de 0,06% em relação ao resultado da véspera.

O índice de FIIs começou o pregão em alta e rapidamente bateu em sua máxima, e depois oscilou perto do patamar da véspera até as 14h, quando passou a oscilar negativamente.

Somente na última hora de negociações que o mercado se recuperou e o IFIX conseguiu subir novamente para o patamar positivo, superando o resultado da véspera, mas ainda longe da máxima obtida pela manhã.

O mercado de juros futuros terminou o dia em baixa, puxado pelo IPCA-15 de maio perto do piso das estimativas dos analistas, em 0,36%, e pela queda dos títulos de dívida no mercado global. 

Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:

SNEL11 desafia “fetiche” do P/VP e reforça importância do retorno real, diz gestora

Ao mesmo tempo em que atrai cada vez mais investidores interessados em novos paradigmas de geração de energia, o SNEL11, fundo imobiliário da Suno Asset que investe na gestão de usinas solares, se mostra pronto para desafiar uma das métricas mais comuns do mercado de FIIs, a relação P/VP.

O indicador é usado como bússola para avaliar se um fundo imobiliário está “caro” ou “barato”, a partir de uma conta simples: a divisão do valor de mercado de um ativo e seu valor patrimonial por cota (VPC). Se esse resultado está acima de 1, o FII está em sobrepreço; se ficar abaixo, está “descontado”.

A Suno Asset, no entanto, defende que a métrica P/VP é insuficiente para avaliar fundos cuja lógica de geração de valor vai além do ativo imobiliário tradicional — lajes, galpões e CRIs.  O CIO da gestora, Vitor Duarte, explica por que essa leitura, no caso do SNEL11, é técnica e conceitualmente equivocada.

“O valor patrimonial do SNEL11 reflete o custo histórico dos ativos, ou seja, o preço pago pelas usinas solares, e não o valor de mercado ou a capacidade econômica de geração de caixa desses empreendimentos”, explica o executivo. 

Dividendos do VRTM11 chegam a 139% do CDI; FII tem lucro de R$ 4 milhões

O fundo imobiliário VRTM11 registrou em abril um resultado de R$ 4,06 milhões e movimentações relevantes em sua carteira. Com a distribuição mensal de dividendos mantida em R$ 0,09 por cota, o fundo apresentou um dividend yield de 1,25% no período, equivalente a cerca de 139% do CDI bruto.

A Fator, gestora do fundo, mantém uma reserva acumulada de R$ 0,032/cota para reforço de proventos futuros. Com uma leve queda no preço da cota ao longo do mês, e fechamento em 30 de abril a R$ 7,20, o VRTM11 fechou o mês com P/VP (preço sobre valor patrimonial) em 0,77x, apontando para um desconto significativo frente ao valor dos ativos em carteira.

Ao longo do mês, o VRTM11 reduziu sua exposição a diversos FIIs, com vendas parciais das posições de HSLG11 (logístico), BROF11 e JSRE11 (lajes corporativas), além de JPPA11, VRTA11 e ARRI11 (recebíveis). O fundo também encerrou completamente sua participação nos fundos imobiliários ALZR11 (híbrido), RBRY11 (recebíveis) e XPML11 (shopping). 

O saldo das vendas totalizou uma receita líquida de R$ 7,4 milhões. Em contrapartida, o fundo direcionou R$ 11,9 milhões para novos investimentos e liberações para empreendimentos em desenvolvimento.

MANA11 registra resultado 60% maior em abril, com yield anualizado de 16%

O fundo imobiliário MANA11 registrou em abril um resultado operacional de R$ 5,56 milhões, alta de 60,8% em relação aos R$ 3,45 milhões registrados em março. A performance reflete a estratégia ativa da gestão, com alocação de recursos em ativos indexados à inflação e ganho de capital no book de ações, além de maior exposição a operações estruturadas.

A distribuição de abril foi de R$ 0,11 por cota, o que corresponde a um dividend yield anualizado de 16% ao ano — isento de imposto de renda e equivalente a 139% do CDI líquido.

O valor está alinhado com o guidance apresentado pela Manatí Capital, gestora do fundo, que projeta distribuição mensal entre R$ 0,10 e R$ 0,12 por cota no segundo trimestre, representando um dos maiores retornos da categoria.

Entre os destaques operacionais do mês, o fundo anunciou a incorporação de três novos projetos com retorno preferencial superior a 20% ao ano, reforçando sua atuação como um verdadeiro hedge fund imobiliário.

CPTS11 amplia lucros em 10% e distribui dividendos de 124% do CDI

O fundo imobiliário CPTS11 divulgou resultado líquido de R$ 26,723 milhões em abril, valor 9,77% superior ao reportado em março, quando atingiu R$ 24,345 milhões. As receitas do período chegaram a cerca de R$ 34 milhões, enquanto as despesas ficaram em R$ 7,275 milhões.

Com base nesses números, a distribuição de dividendos do CPTS11 atingiu R$ 27,015 milhões, equivalente a R$ 0,085 por cota, representando 124% do CDI líquido de impostos, calculado sobre a cotação de mercado da cota.

O guidance do CPTS11 para os próximos meses indica pagamentos de R$ 0,08 por cota, o que implica um dividend yield anualizado de aproximadamente 13,39%. Como cenário alternativo, os dividendos podem variar entre R$ 0,07 e R$ 0,09 por cota, segundo a Capitania, gestora do FII, dependendo das condições de mercado e da performance do fundo.

Em abril, as cotas do CPTS11 tiveram uma valorização de 7,18%, desempenho superior ao do índice de fundos imobiliários (IFIX), que avançou 3,01%, e ao Índice de Mercado de Títulos Públicos (IMA-B), com alta de 2,09%.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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