GARE11, TGAR11 e carteiras recomendadas estão entre destaques do Bom Dia FIIs (5/6)

GARE11 e TGAR11 divulgaram relatório gerencial; BTG, XP e outras casas de análise anunciaram novidades em carteiras recomendadas de FIIs.

GARE11, TGAR11 e carteiras recomendadas estão entre destaques do Bom Dia FIIs (5/6)
Confira as novidades do mercado de FIIs - Foto: Pixabay

Os fundos imobiliários GARE11 e TGAR11 e as mudanças nas carteiras recomendadas de FIIs para o mês de junho estão entre os destaques do mercado nesta quinta-feira (5), dia em que o IFIX tenta se recuperar de nova oscilação negativa.

O índice de FIIs fechou nesta quarta-feira (4) em queda de 0,18% em relação à véspera, aos 3.447,92 pontos, depois de registrar alta apenas durante a primeira hora, quando bateu na máxima do dia, Depois das 11h, o IFIX entrou em patamar negativo e assim seguiu até o fim da sessão.

O mercado de renda variável teve um dia de oscilação nos dois sentidos e resultado negativo também no Ibovespa, que caiu, e no dólar, que fechou o dia em alta na comparação com o real. Os juros futuros terminaram a sessão com viés de alta no curto prazo e queda no longo.

Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:

Carteiras recomendadas mudam pouco: veja sobe-desce dos FIIs no mercado

Com a virada do mês, as principais casas de análise e bancos de investimentos anunciam as modificações em suas carteiras recomendadas de fundos imobiliários, com entradas e saídas de ativos de acordo com os resultados mais recentes obtidos e o potencial de valorização e entrega de dividendos nos próximos meses. O cenário, contudo, foi de relativa estabilidade, com poucas modificações.

O BTG Pactual, por exemplo, retirou de sua carteira recomendada o CPTS11, um dos maiores FIIs do mercado brasileiro, presente na seleção desde janeiro de 2022. No período, o FII obteve um retorno acumulado de 16,2%. A decisão reflete uma estratégia de redimensionamento do portfólio, buscando alocar recursos em ativos com maior potencial de crescimento. 

Com isso, o VGIR11 também perdeu espaço, depois de uma valorização de 3,08% no último mês, abrindo espaço para o reforço em FIIs que apresentam melhor perspectiva de valorização. Cresceram, assim, as participações do GZIT11, de shopping centers, e do  BTLG11, de imóveis logísticos.

A XP Investimentos anunciou sua nova carteira, agora com 16 fundos imobiliários e uma estratégia oposta, ampliando levemente a participação de FIIs de recebíveis em detrimento de ativos de tijolo.

Para isso, realizou justamente a inclusão do VGIR11, com uma posição equivalente de 2,0 pontos percentuais. Ao mesmo tempo, perderam espaço o XPML11, de shopping centers, e o PVBI11, de lajes corporativas, cada um com queda de 1,0 ponto percentual em seu peso na carteira.

A BB Investimentos optou por manter inalteradas suas carteiras recomendadas sem alterações. Dois fundos híbridos de renda urbana, o GARE11 e o TRXF11, permanecem na Carteira Renda, voltada principalmente para o recebimento de dividendos, enquanto a Carteira Ganho, com foco na valorização patrimonial, opta por uma exposição mais robusta aos FIIs de tijolo, que representam 75% das escolhas.

A Genial Investimentos também optou por manter as composições das duas carteiras recomendadas. A Carteira Renda, com foco em dividendos, tem exposição maior em recebíveis, com o JSRE11, o HGRE11 e o SPSX11 representando de forma minoritária os ativos de tijolo, enquanto o RBRR11 segue com o maior peso da seleção.

Musk crava potencial da energia solar; SNEL11 é caminho para lucrar agora

O empresário Elon Musk postou nesta semana em seu perfil no X que a energia solar será responsável por atender 100% da demanda global do planeta no longo prazo. Ele repostou uma pesquisa sobre como o setor cresceu em velocidade muito maior do que outras fontes de eletricidade na história moderna, incluindo gás natural, carvão e até mesmo energia nuclear. 

O cenário combina queda de custo dos equipamentos, avanço das tecnologias de armazenamento e um novo modelo de geração: distribuída, pulverizada, conectada diretamente ao consumidor — e não mais dependente de grandes obras estatais ou usinas centralizadas.

Nesse cenário, o SNEL11, fundo imobiliário da Suno Asset listado na B3 e focado exclusivamente em ativos de energia solar, aparece como uma forma simples e acessível de se expor a essa transformação de forma simples e democrática: com cotas negociadas em torno de R$ 8,60 e um guidance de dividendos entre 1,16% e 1,28% ao mês, o fundo alia retorno expressivo a uma tese de crescimento estrutural. 

TGAR11 mantém yield de 14,20% ao ano e lucro de R$ 22 milhões

O fundo imobiliário TGAR11 distribuiu em dividendos cerca de R$ 1,00 por cota referente ao mês de abril, o que representa um dividend yield (DY) mensal de 1,11% e, em termos anualizados, de 14,20%. No acumulado dos últimos 12 meses, os rendimentos pagos somam R$ 13,56 por cota. O resultado caixa do mês foi de R$ 22 milhões.

A TG Core Asset, gestora do TGAR11, mantém a projeção de distribuição entre R$ 0,90 e R$ 1,10 por cota para o primeiro semestre de 2025, com base na geração de caixa recorrente e desempenho da carteira.

Essa performance do fundo refletiu principalmente movimentações na carteira de crédito, com a aquisição de quatro operações que somaram R$ 42,77 milhões e a venda de outras duas, totalizando R$ 20,83 milhões. Na frente de ativos reais, a estratégia de urbanismo comercializou 203 unidades em abril, resultando em R$ 19,61 milhões de Valor Geral de Vendas (VGV). 

GARE11 atinge maior valor de mercado do ano e divulga ajustes contratuais

O fundo imobiliário GARE11 divulgou seus resultados referentes ao mês de abril, alcançando um preço de mercado de R$ 8,95 — o maior do ano de 2025 até agora. De acordo com o relatório gerencial, o crescimento reflete uma percepção favorável do mercado em relação à gestão do fundo, graças ao seu portfólio diversificado e alavancagem controlada, além de contratos atípicos com prazo médio superior a 12 anos.

A Guardian, gestora do GARE11, informou que dois contratos relacionados à Air Liquide sofreram um reajuste de 5,06% este mês, em linha com o IPCA acumulado nos últimos 12 meses, evidenciando a capacidade de ajuste do fundo em resposta às condições econômicas.

Apesar de um cenário macroeconômico desafiador, a gestão do GARE11 mantém uma postura proativa, afirma o relatório. O portfólio permanece integralmente locado e com 100% de adimplência, destacando imóveis alugados a inquilinos de alta qualidade de crédito. 

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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