Dividendos, CPTS11 e OIAG11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (30/4)

Dividendos para pagamento em maio serão anunciados por mais de 150 FIIs; veja mais destaques do mercado no último dia do mês.

Dividendos, CPTS11 e OIAG11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (30/4)
Confira os destaques do dia - Foto: Pixabay

O anúncio de dividendos por mais de 150 fundos imobiliários, uma análise entre os Fiagros da Suno Asset e os resultados detalhados do CPTS11 e do OIAG11 estão entre os principais destaques desta quarta-feira (30), encerramento do mês de abril.

Analistas esperam mais um dia de movimentação positiva do mercado, depois de o IFIX superar a barreira dos 3.400 pontos pela primeira vez em mais de um ano nesta terça-feira (29) e fechar o dia em 3.401,38 pontos, alta de 0,19% em relação ao resultado da véspera.

No pregão desta quarta, o índice de FIIs deve confirmar seu terceiro mês consecutivo de alta, compensando os cinco meses de queda registrados entre setembro de 2024 e janeiro deste ano. Se o IFIX fechar em alta, igualará a sequência de 14 resultados positivos registrada de 27 de fevereiro a 20 de março.

O principal índice do mercado de FIIs está a 0,20% de igualar o melhor resultado no fechamento de um mês, em março do ano passado, a 3.408,15 pontos, e a 0,66% de sua máxima histórica, registrada em 12 de abril do ano passado, em 3.423,95 pontos. 

Ao longo do dia, vão anunciar os dividendos para pagamento em maio mais de 150 FIIs, entre eles alguns dos mais populares e rentáveis do mercado, como MXRF11, HGLG11, XPLG11, VISC11, VGHF11, TRXF11, GARE11, MANA11, AZPL11, VRTA11, VRTM11, JSAF11, INFB11 e TGAR11. Alguns Fiagros, como AAZQ11, RURA11 e XPCA11, também fazem seus anúncios.

Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:

CPTS11 paga dividendos de 139% do CDI e desempenho supera IFIX

O fundo imobiliário CPTS11 encerrou o mês de março com um resultado de R$ 24,345 milhões, inferior ao desempenho de fevereiro, quando havia registrado R$ 28,064 milhões. Os dividendos distribuídos somaram R$ 26,061 milhões, equivalentes a R$ 0,082 por cota, o equivalente a 139% do CDI líquido de imposto, considerando a cotação de mercado da cota.

A carteira de crédito do CPTS11 segue saudável e totalmente adimplente, sem qualquer operação “estressada”. Ao final de março, o fundo detinha 17 CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), que compõem 34,7% de seus ativos. A maior parte dessa carteira (98,6%) é indexada ao IPCA, com taxa média de IPCA + 8,92%. Apenas 1,43% está atrelada ao CDI, com marcação de CDI + 3,96%.

Já a carteira de FIIs, que representa 55,6% dos ativos do fundo, é composta por 74 fundos. Dentro desse portfólio, 89,7% são fundos de tijolo e os 10,3% restantes são fundos de papel. A rentabilidade da carteira de FIIs em março foi de 2,91%, abaixo do IFIX, que subiu acima de 6% no terceiro mês do ano.

OIAG11 fecha março com dividend yield anualizado de 16,1%

O Fiagro OIAG11 reportou um resultado de R$ 767,2 mil em março de 2025, equivalente a R$ 0,085 por cota. O valor ficou ligeiramente abaixo da média dos últimos 12 meses, que é de R$ 0,10 por cota. O dividend yield anualizado, durante o mês, ficou em 16,1%. O fundo manteve a distribuição de dividendos de R$ 0,105 por cota no mês, utilizando R$ 0,020 de sua reserva de resultados para complementar o pagamento.

A composição da receita mensal foi formada majoritariamente por ativos de crédito: 65% da receita veio de CRAs e CRIs, 24% de Fiagros e 10,5% de renda fixa, enquanto 0,5% foi originado de ganho de capital.

Durante o mês, o OIAG11 promoveu algumas movimentações na carteira, vendendo parte da posição no RURA11, em um volume de cerca de R$ 1 milhão, com ganho de capital de aproximadamente R$ 4 mil. Também houve o pré-pagamento do CRA Belagrícola, que movimentou R$ 870 mil, reforçando o caixa.

MAXR11 anuncia lucro 16,8% maior e taxa de ocupação supera 70%

O fundo imobiliário MAXR11 apresentou um resultado líquido de R$ 436,3 mil em fevereiro de 2025, representando um crescimento de 16,8% em relação ao mês anterior, quando o lucro registrado foi de R$ 373,5 mil.

Atualmente, a taxa de ocupação dos ativos é de 74,19%, considerando também os espaços cedidos em regime de comodato. O fundo tem como foco o investimento em imóveis comerciais, sejam eles prontos ou em desenvolvimento, que estão situados em centros urbanos estratégicos, como grandes avenidas e polos de comércio.

Os ativos do MAXR11 possuem contratos com vencimento previsto para 2029 e podem ser destinados à venda, locação, arrendamento ou uso do direito de superfície, conforme a estratégia de valorização dos empreendimentos.

Com teses distintas, SNAG11 e SNFZ11 são opções para diversificar carteira

Perfis diferentes e estratégias complementares na carteira de um investidor pronto para a diversificação. É desta forma que se pode definir SNAG11 e o SNFZ11, os dois Fiagros da Suno Asset que investem no financiamento do agronegócio.

O SNAG11 foi listado em 2022 e é focado em operações de crédito, especialmente na aquisição de Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRAs), títulos de renda fixa que financiam operações agrícolas e recebem o pagamento de juros e amortizações periódicas.

Esses rendimentos são distribuídos aos cotistas sob a forma de dividendos, isentos de tributação para pessoa física.

O SNFZ11 adota uma tese inovadora para o mercado de Fiagros ao permitir ao pequeno investidor do varejo acessar o mercado de terras agrícolas. O fundo tem como foco principal o investimento em propriedades rurais, com foco em uma revenda com valorização no médio e longo prazo, a partir de investimentos na infraestrutura do imóvel. 

Quando a revenda for realizada, os cotistas receberão parte do lucro sob a forma de dividendos extraordinários. Enquanto isso, recebem proventos mensais a partir da receita do fundo, que lucra com o arrendamento e os investimentos em infraestrutura em seu primeiro imóvel, a Fazenda Coliseu, em Mato Grosso.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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