Dividendos, SNFZ11 e análise de FIIs de papel são destaques do Bom Dia FIIs (28/11)
O anúncio de dividendos por mais de 150 fundos imobiliários, uma análise sobre os FIIs de papel e a chegada do Fiagro SNFZ11 ao patamar de 5 mil cotistas estão entre os destaques do mercado nesta sexta-feira (28), último dia útil do mês de novembro.

Nesta quinta-feira (27), o IFIX reverteu a queda da véspera e fechou com nova máxima histórica, de 3.634,55 pontos. O resultado ficou 0,45% acima da cotação da véspera e 0,09% além da máxima anterior, de 3.631,23 pontos.
O índice de FIIs operou de forma ascendente durante toda a sessão, atingindo a marca do novo recorde por volta das 13h. O índice seguiu nesse patamar até o fim da sessão e fechou perto da máxima. No acumulado de novembro, o IFIX sobe 1,14%.
A projeção do mercado nesta sexta-feira (28) é de nova alta, em dia marcado por anúncio de dividendos e Data Com de mais de 150 fundos imobiliários, movimentação que costuma impactar positivamente no índice.
Entre os fundos estão alguns dos mais populares do mercado, casos de MXRF11, KNCR11, HGLG11, HGRU11, XPLG11, VISC11, VGHF11, TRXF11, HGRU11, GARE11, AZPL11, BBIG11, OUJP11, RPRI11, VRTA11, VRTM11 e TGAR11. Outros fundos listados, como AAZQ11, AZIN11, BODB11, RURA11 e XPCA11, também fazem seus anúncios.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
SNFZ11 supera 5 mil cotistas em meio a consolidação do mercado de Fiagros
O SNFZ11, Fiagro da Suno Asset que investe em imóveis rurais com foco na valorização patrimonial, alcançou a marca de 5 mil cotistas, em menos de um ano e meio de listagem na B3. O número, para a gestora, sinaliza a consolidação do SNFZ11 como opção rentável e cada vez mais procurada pelos investidores, num momento em que o agronegócio traz projeções otimistas para a próxima safra e a demanda por imóveis de qualidade para a produção agrícola tende a aumentar.
Dados da FGV Agro apontam que o preço das terras agrícolas valorizou cerca de 250% nos últimos 10 anos. Num cenário de demanda cada vez maior por alimentos, investir em terra se mostra um ativo seguro e resiliente.
A tese do SNFZ11 prevê a aquisição de imóveis com potencial de valorização por meio do aprimoramento da infraestrutura, tanto interna como da região em que estão localizados. O primeiro imóvel do fundo, a Fazenda Coliseu, obedece esse projeto: está em fase final de implantação do sistema de irrigação artificial, o que deve levar a um crescimento na produção de soja em relação à safra anterior.
TRXF11 vende loja do Assaí em Goiânia, com possível impacto em dividendos
O fundo imobiliário TRXF11 concluiu a venda de um imóvel de varejo ocupado pelo Assaí em Goiânia, pelo valor de R$ 89 milhões. O ativo está alugado em contrato atípico, com vencimento em junho de 2035, e conta com área bruta locável (ABL) de 17.354 metros quadrados.
O imóvel pertencia ao portfólio do TRXB11, FII sob controle do TRXF11, e o pagamento inicial de R$ 48,6 milhões foi destinado à Bari Securitizadora para a quitação de um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) que financiou a aquisição. Há ainda uma parcela intermediária de R$ 4,4 milhões que deve ser quitada nos próximos dias.
O valor restante, de R$ 36 milhões, será dividido em três parcelas semestrais, a primeira com vencimento daqui a seis meses e correção pelo IPCA. Até o pagamento dessa primeira parcela, em maio de 2026, o TRXB11 seguirá fazendo jus ao aluguel proporcional da loja.
RZTR11 fecha novos acordos para a Fazenda Poranga II, em Sorriso (MT)
O fundo imobiliário RZTR11 firmou um novo acordo com a Agropecuária Poranga, envolvendo a Fazenda Poranga II, localizada no município de Sorriso (MT). Entre os ajustes firmados está o pagamento de um prêmio de repactuação no valor de R$ 24 milhões.
Os outros objetivos são: aumento do cap rate da operação, de 12% ao ano para 14% ao ano e a reestruturação do cronograma de opções de compra, com a postergação do último vencimento de 30/11/2030 para 30/11/2033.
De acordo com a Riza, gestora do RZTR11, esse novo acordo deverá gerar um efeito econômico estimado em aproximadamente R$ 0,09 por cota ao ano.
Conheça 5 FIIs de papel para quem não quer “passar aperto”
Os fundos imobiliários de recebíveis, também conhecidos como FIIs de papel, vêm ganhando relevância entre investidores que buscam previsibilidade, estabilidade e menor volatilidade nos rendimentos.
Dentro desse grupo, alguns dos nomes mais representativos são GAME11, MCCI11, RBRR11, SNCI11 e VRTA11. Com estratégias distintas, todos constroem seus portfólios com objetivo de entregar consistência na distribuição de dividendos, em um mercado que convive com ciclos de juros altos e seletividade crescente no crédito.