IFIX fecha na máxima das últimas duas semanas antes de alta da Selic
Selic foi a 15%, de acordo com definição do Copom, anunciada depois que o mercado de FIIs manteve a tendência positiva ao longo do pregão.
O IFIX, índice que reúne os principais fundos imobiliários do mercado, fechou em alta de 0,26% nesta quarta-feira (18), em 3.441,08 pontos. O resultado foi definido antes do anúncio da elevação da Selic para 15%, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central no início da noite.
O índice de FIIs operou em território positivo durante todo o pregão e fechou na cotação máxima do dia. É o melhor resultado desde 6 de junho, quando o índice bateu em 3.449,38 pontos, e depois disso entrou em queda por causa da possibilidade de taxação dos dividendos, confirmada com a Medida Provisória (MP) publicada no dia 11.
O resultado reduziu a perda acumulada do mês para 0,60%, e, embora a alta da Selic seja geralmente vista de forma negativa pelo mercado de FIIs, analistas acreditam que a decisão já estava precificada pelo mercado. Além disso, o comunicado apontou que, se as atuais condições permanecerem, o ciclo de aperto monetário será encerrado.
“Isso é um sinal importante e positivo, que pode fomentar o fluxo de capitais para a renda variável e dar um respiro para os investidores”, aponta o economista-chefe da Suno, Gustavo Sung, destacando que o Copom afirmou que os juros devem ser mantidos em alta por um período “bastante prolongado”.
IFIX – resumo do dia 18/06/2025
- Fechamento: 3.441,08 pontos (+0,26%)
- Mínima: 3.432,05 (-0,00%)
- Máxima: 3.441,08 (+0,26%)
- Acumulado da semana: +0,65%
- Acumulado do mês: -0,60%
- Acumulado do ano: +10,42%
Selic sobe; antes, TGAR11 lidera altas do dia
O TGAR11, fundo imobiliário híbrido com gestão da TG Core Asset, liderou as altas do dia entre os componentes do IFIX, com avanço de 2,01% e fechamento a R$ 89,86, seguido pelo RECR11, da REC, que subiu 1,86%, negociado a R$ 83,73 no encerramento do pregão.
Na outra ponta, a maior queda ficou com o PVBI11, que caiu 1,37%, a R$ 75,74. Logo em seguida, o GZIT11 recuou 1,13%, a R$ 47,46.
Entre os FIIs de maior liquidez, o MXRF11 fechou o pregão em alta de 0,11%, a R$ 9,37. O CPTS11, que distribuiu R$ 28,5 milhões em dividendos, ficou estável, em R$ 7,27, enquanto o GARE11 avançou 1,27%, com fechamento a R$ 8,78.
A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3. Entre os indicadores para a escolha de um FII, estão valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 fundos imobiliários, é válida até o fim de agosto.
Nesta quinta-feira (19), o mercado estará fechado por causa do feriado de Corpus Christi. As negociações voltam na sexta-feira (20), quando analistas e investidores devem precificar o impacto da nova elevação da Selic sobre os FIIs.
